Amundi cria o seu próprio instituto: Amundi Institute

Pascal Blanqué. Amundi
Pascal Blanqué. Créditos: Cedida (Amundi)

Num mundo cada vez mais complexo e em constante mudança, os investidores têm expressado uma necessidade crítica de compreender melhor o seu ambiente e a evolução das práticas de investimento para definir a sua alocação de ativos e ajudar a construir as suas carteiras. Foi isso que levou algumas gestoras de fundos a criarem institutos financeiros, totalmente independentes dos departamentos comerciais ou de desenvolvimento de negócio, para fornecer aos clientes informações relevantes sobre as dimensões económica, financeira, geopolítica, social e ambiental do mundo dos investimentos.

A última a dar esse passo para cobrir essa necessidade é a Amundi. A maior gestora europeia por volume de ativos criou o Amundi Institute. Fê-lo com o objetivo de reforçar o aconselhamento, formação e diálogo diário sobre estas questões para todos os seus clientes - distribuidores, instituições e empresas - independentemente dos ativos que a entidade gere em seu nome. Esta nova divisão reúne as suas atividades de análise, estratégia de mercado e consultoria em alocação de ativos no âmbito do Amundi Institute.

Com uma equipa inicial de cerca de 60 profissionais, o Amundi Institute será liderado por Pascal Blanqué, até agora diretor de Investimentos da Amundi. Nos últimos anos, Blanqué dedicou muito tempo ao mundo da investigação académica no domínio das finanças e dos mercados.

Perfil académico

A sua carreira profissional é muito longa. Blanqué foi diretor de Investimentos da Amundi e diretor de Plataformas de Gestão de Investimentos desde 2005. Foi também diretor global de Negócios Institucionais e Distribuidores de Terceiros de 2010 a 2017. Ingressou no grupo Crédit Agricole em 2000 como responsável de Economia. Antes de ingressar no Crédit Agricole, foi diretor-adjunto de Análise Económica na Paribas (1997-2000) depois de passar quatro anos no departamento estratégico de alocação de ativos na Paribas AM em Londres (1992-1996).

Como economista e historiador, Blanqué é autor de várias publicações. Até agora, as suas análises e o seu trabalho académico centraram-se nas questões monetárias, no funcionamento dos mercados financeiros e na filosofia económica. O seu livro 10 weeks into Covid 19 - Psyche, Money, Narratives – an interpretation of the crisis foi premiado com o Prémio Turgot para Economia Financeira em 2022.  É membro de vários think tanks, como o Société d'Economie Politique e o 300 Club, bem como o do MSCI Advisory Councile e do Bretton Woods Committee.

Vincent Mortier, sucessor de Blanqué como diretor de Investimentos

No seu novo papel de supervisão do instituto, contará com o apoio de Mónica Defend, que será diretora do Amundi Institute. A posição deixada por Blanqué será preenchida por Vincent Mortier, que lhe sucederá como diretor de Investimentos da Amundi. Matteo Germano, diretor de Investimentos em Multiativos, será o sub-diretor de Investimentos.