No passado mês de dezembro, a Amundi anunciou a compra da Pioneer Investments. O montante da operação ascendeu a 3.545 milhões de euros. O objetivo da gestora francesa com esta operação tem três vertentes. Em primeiro lugar, reforçar a sua liderança em mercados europeus chave. Em segundo, impulsionar a liderança da Amundi nas redes de distribuição de retalho. E, em terceiro, expandir a sua base de clientes institucionais. Trata-se de uma operação de aquisição que, segundo Yves Perrier, CEO da Amundi (na imagem), na prática não o é. "A integração com a Pioneer Investments não será uma aquisição, mas sim como uma fusão. Criámos um comité diretivo para supervisionar isto", assegura o responsável máximo da Amundi ao Financial Times.
Yves Perrier revela que este comité será co-presidido por Giordano Lombardo, CEO e diretor de investimentos da Pioneer Investments e por ele mesmo. "Este comité diretivo é formado por pessoas da Amundi e da Pioneer, o que é importante. Tomaremos as decisões segundo os critérios de eficiência e justiça", afirma Perrier. O responsável da Amundi reconhece, também, que na semana passada houve uma reunião com cem gestores da Amundi e da Pioneer Investments. Nesse encontro, Yves Perrier transmitiu o seguinte: "não são sinergias, mas sim ativos para a empresa". Aos ativos de capital humano da Amundi com a Pioneer, tem de se acrescentar o volume patrimonial que somam ambas as entidades, que elevaram os ativos da Amundi para os 1.300 mil milhões de euros, o que ajudou a entidade a converter-se na oitava maior gestora do mundo, em termos de património.