Ano de estreia: os resultados da GFM Capital em 2019

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A recém-chegada GFM Capital - SICAF Investimento Alternativo Flexível entrou no mercado com o pé direito. Ainda que a tenha iniciado efetivamente apenas a partir de maio do ano transato, o organismo de investimento coletivo sob a forma societária conferiu ao seus investidores uma rentabilidade positiva no seu primeiro ano de atividade. Com a sua carteira de investimento a registar uma rentabilidade de 6,55% no período de atividade, a sociedade fechou 2019 com um valor líquido global de 5,3 milhões de euros.

No relatório pode ler-se que, apesar da constituição da GFM Capital ter ocorrido em fevereiro de 2019, "o seu registo final por parte da CMVM só foi obtido a 11 de abril de 2019", e assim "a SICAF só começou a fazer os primeiros investimentos a partir no início do mês de maio".

Este  atraso ajuda a compreender o diferencial entre a rentabilidade obtida pela entidade e o benchmark selecionado (MSCI World EUR Net Returns), cujos retornos foram de 30% no ano passado. Segundo afirma a entidade "a SICAF teve a infelicidade de ter iniciado o seu investimento exatamente no mês mais negativo do ano" e "ao não estar investida desde o início do ano, abdicou de quatro meses de elevadas valorizações do mercado bolsista". Não obstante, para o período de investimento comum, o diferencial de rentabilidade obtido "foi de apenas -2,91%, que se explica fundamentalmente pelos custos acrescidos inerentes à gestão da SICAF, especialmente por se tratar do seu ano de constituição", explicam.

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A filosofia na prática

Os alicerces da GFM Capital estão bem assentes na filosofia do investimento em valor, conforme reiteram na sua página online e inclusive no relatório anual. Esta abordagem encontra-se bem refletida da carteira de investimento da entidade que a 31 de dezembro de 2019 se era composta somente por duas classes de ativos: ações, que representam 97,71% do portefólio, e liquidez, com os restantes 2,29%. 

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Em termos de localização geográfica, "54% dos investimentos da SICAF então na América do Norte, logo seguidos pela Europa com 39% (em que Portugal ocupa 4%) e o restante na Ásia (7%)". Em termos de divisão setorial, o principal setor de atividade presente na carteira "é a internet (19%), seguido pelos media (8%), automóvel (7%), transporte aéreo (6%) e bancos (6%)". No fecho do ano transato a sociedade de tinha 27 títulos no seu portefólio. 

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Da parte da entidade vão procurar continuar com a aplicação desta política de investimento no ano corrente, "apostando em ações, procurando as melhores empresas mundiais independentemente da sua localização geográfica". Em particular, salientam a preferência por "setores como a tecnologia e a saúde, onde as margens sólidas e as oportunidades de investimento não se esgotam". De salientar que a elaboração deste relatório é anterior aos desenvolvimentos à escala mundial da pandemia de COVID-19.