Apesar do recente aumento da volatilidade, os clientes do ActivoBank e do Banco BEST continuam a apresentar preferência por fundos que investem no segmento acionista.
O mês de fevereiro ficou marcado por um aumento da volatilidade nos mercados, tendo-se registado correções significativas nos principais índices mundiais. As expectativas mantêm-se quanto à atuação dos Bancos Centrais, em particular da Fed e do BCE, com os investidores a seguirem atentamente toda e qualquer comunicação que estes transmitam relativamente à sua política monetária.
Rui Olo, responsável na direção de marketing pelos produtos e investimentos do ActivoBank, revela, precisamente, que “os investidores estão muito sensíveis às perspetivas de subidas de taxas de juro nos EUA e isso é bem visível no aumento das yields das obrigações norte-americanas, o que penalizou também os mercados de ações”. Enquanto isso, o aumento da volatilidade parece não preocupar o novo presidente da Fed, que referiu que “a robustez económica e do mercado laboral, bem como a evolução da inflação nos EUA (deve superar a barreira dos 2% em 2018) são convergentes com a subida da taxa de referência”, adianta Rui Olo.
Na Europa, “o BCE concluiu que é demasiado cedo para alterar a comunicação sobre estímulos”, refere o especialista, acrescentando que as declarações dos Bancos Centrais “levaram a um movimento de depreciação do Euro face ao Dólar”.
Neste contexto, e apesar deste aumento da volatilidade, os clientes do ActivoBank e do Banco BEST continuam a manter a sua preferência por fundos de maior risco.
Rui Olo destaca esta preferência, referindo que entre os dez fundos mais subscritos, oito são fundos de ações. Quanto a temas de investimento, o destaque foi para o mercado acionista chinês, “cuja performance no último ano se encontra entre as melhores nas diferentes classes de ativos”, e para o europeu. Em termos de fundos sectoriais, em evidência esteve o Pictet Robotics.
Sete em dez do lado do Banco BEST
Este apetite por risco também se verificou do lado do Banco BEST, com Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos, a destacar a presença de sete fundos de ações entre os dez mais subscritos.
A Europa foi um dos temas em destaque, com três produtos de estratégias distintas nesta lista: o Oddo Avenir Europe (foco nas pequenas e médias empresas); o MFS European Value (empresas de estilo value); e o JP Morgan Europe Strategic Growth (empresas de estilo growth). Os fundos com exposição ao mercado acionista global também marcaram presença, um deles de gestão mais ativa – o Morgan Stanley Global Opportunity – e outro de gestão mais passiva – o HSCB Economic Scale Global Equity. A tecnologia manteve-se no topo das preferências, surgindo dois produtos com focos distintos. Um deles foi o Allianz Global Artifical Intelligence e o outro foi o Pictet Robotics.
Ainda assim, três fundos com um nível de risco mais conservador também marcaram presença nesta lista. Um deles foi o M&G Optimal Income, “um fundo multiativos que procura ter um carteira muito diversificada, podendo ter alguma componente de ações, e uma grande preocupação na proteção de capital em momentos mais complicados do mercado”, refere Rui Castro Pacheco. Por último, surgem dois fundos de obrigações: o PIMCO GIS Income, “um fundo mais tradicional na gestão da sua carteira diversificada de obrigações”, e o Vontobel – TwentyFour Absolute Return Credit, que pode “recorrer de forma mais ativa a algumas técnicas de proteção de risco, especialmente para evitar os efeitos da subida de taxas nos mercados”.
Fundos estrangeiros mais subscritos no mês de fevereiro em ambas as entidades