As 10 gestoras com melhores práticas ISR, segundo a Extel

O questionário Extel sobre ISR (Investimento Socialmente Responsável) e sustentabilidade celebra este ano em colaboração com a UKSIF (a Associação de Finanças e Investimentos Sustentáveis do Reino Unido) a sua edição número 13, a primeira realizada com a plataforma WeConvene. Foi nela que se recolheram os votos e os pontos de vista de 350 especialistas de 25 países distintos procedentes do buy side – tanto da parte de análise como de assessoria em empresas de brokerage – assim como de analistas especializados em ISR, ESG (Environmental, social and corporate governance), energias renováveis e áreas associadas (participaram 168 gestoras de fundos, e 15 empresas de análise e brokerage). Desta forma, inclui dados e rankings elaborados tanto por especialistas do buy side como por parte da comunidade, para refletir as três dimensões da comunidade de investidores. Entre os aspectos mais valorizados pelos especialistas figuram (do mais para o menos importante), o carácter temático desta classe de investimento, a análise específica de empresas, que se integra na análise ISR em todos os serviços de análise e assessoria, a profundidade da cobertura e a avaliação de aspectos relacionados com o meio ambiente e com uma mudança climática.

Os autores da sondagem voltaram a centrar-se na identificação das gestoras que melhor cumprem com os standards de excelência nesta disciplina, e certificam o interesse continuado das grandes empresas de investimento pela sustentabilidade como um factor que fornece valor acrescentado a uma ação e pela influência que exerce nas suas decisões de investimento. Para além disso, consideram que a necessidade de efetuar este questionário “é verdadeiramente pertinente, dadas as mudanças regulatórias, tanto as que já estão a ser aplicadas, como as que virão com a entrada em vigor da MiFID II, e ainda pelo aumento de apetite do buy side por ideias temáticas e diferenciadas”, detalha Steve Kelly, diretor executivo do Extel. Concretamente, indica, sobre a introdução da MiFID II em janeiro de 2017, que “os gestores voltarão – e na verdade, já o estão a fazer – a ser mais seletivos nos serviços que usam, mas também em relação às pessoas, aos títulos e sectores”.   

“O imperativo do buyside, ativo ao nível das ações, demontrando factores diferenciais, frescura no pensamento e ideias convincentes, nunca foi tão grande; sob a MiFiD II essa exigência só tende a aumentar. A sustentabilidade, demonstrada tanto pelas empresas como pelo sell side, e mesmo pelo buy side emconvencer os seus próprios clientes, pode e deve ser uma parte vital dessa diferenciação”, conclui Kelly.

Ao nível do volume de ativos geridos puramente em estratégias ISR, a Amundi foi eleita como a gestora com melhor classificação pela Extel, com 4.218,5 milhões de ativos ISR investidos em ações. Da gestora francesa indicaram que o processo de seleção de ativos para a área de investimento responsável está certificada pela Afnor (Organização Nacional Francesa para a Normalização) e realiza-se a partir de um universo de investimento composto por mais de 4.000 nomes. A equipa de análise da empresa pode chegar a estabelecer até 300 reuniões com empresas ao longo de um ano para refutar a sua tese de investimento, e podem ainda praticar ativismo nas empresas nas quais investem. O segundo e terceiro do lugar do ranking são ocupados respetivamente pela Pictet AM, com 4.100,6 milhões de euros, e o BNP Paribas IP com 3.868,4 milhões de euros em ativos ISR de ações. 

Fonte: We