Com base em dados divulgados pela CMVM, a Funds People mostra-lhe as ações europeias e norte-americanas favoritas dos gestores de fundos nacionais.
O ano de 2018 trouxe consigo um ambiente menos complacente nos mercados de ações tanto na Europa, como nos Estados Unidos ou em outros mercados desenvolvidos. Se, por um lado, a complacência e a escalada progressiva, correlacionada e constante dos mercados trouxe consigo retornos fantásticos, a volatilidade que tomou conta dos mercados a partir de fevereiro foi certamente uma oportunidade para alguns dos gestores de ativos profissionais em Portugal.
Neste sentido, a Funds People mostra-lhe o que mudou no top 10 de posições de fundos nacionais em ações de empresas cotadas europeias (excepto Portugal) e do resto do mundo, com referência ao fecho do semestre e em relação ao final do ano passado.
União Europeia
Nos mercados desenvolvidos do Velho Continente a liderança entre os fundos nacionais vai para o gigante europeu de produtos de luxo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton. Com uma oferta de produtos que vai desde as conhecidas malas Louis Vuitton a cognac, champanhe e relógios, o título do grupo francês tem mostrado um momentum muito interessante ao longo dos últimos anos que se configurou numa escalada do preço de mais de 100%.
Um dos destaques vai para a perda de relevância da empresa de serviços integrados de petróleo Royal Dutch Shell nesta tabela, título que ocupava o segundo lugar, bem como do grupo detentor da conhecida marca de roupa H&M, Hennes & Mauritz e do grupo bancário ING Groep.
Por outro lado, destaca-se a entrada no top 10 da empresa produtora de chips holandesa ASML, título que, desde o início de 2016 duplicou o seu valor.
Realça-se também a posição relevante na sul coreana Samsung através de um GDR (Global Depositary Receipt) cotado em Londres.
Estados Unidos e Suíça
Já dos mercados de fora da União Europeia são os Estados Unidos que dominam o top 10 por volume investido. Liderando esta tabela mantêm-se quatro grandes empresas norte-americanas de diferentes sectores. A Apple, Microsoft, Visa e Johnson & Johnson.
Destaque para a entrada da Nike na tabela, ocupando, ao fecho do semestre, o quarto lugar com um volume de 18,6 milhões de euros. Depois de um período a cotar lateralmente, o título da empresa de produtos desportivos começou a mostrar algum momentum depois do verão de 2017, o que lhe proporcionou um lugar entre as preferências dos gestores portugueses.
A Walt Disney é outra das recém entradas no top. Ao contrário da Nike esta cota em linha com valores de 2015 e um PER (TTM) mais alinhado com um estilo value, na ordem das 15X. Fora dos EUA, apenas a suíça Nestlé faz parte das 10 maiores posições.
Realça-se também a saída da empresa de materiais básicos BHP Billiton desta tabela.