Para Tiago Rabaça, investment strategist na DWM do Millennium bcp, as carteiras melhor posicionadas incluem um pouco de todas as cores na paleta das classes de ativos. “Acredito que as ações vão-se comportar bem, assumindo um crescimento razoável e uma inflação transitória. Assumindo, também, que os bancos centrais se vão manter, regra geral, acomodativos, com algumas subidas de taxas, mas sem entrar em terreno restritivo. Estes pressupostos são positivos para os resultados das empresas e sem um choque externo é difícil imaginar uma recessão”, explica.
A dívida pública, por seu lado, (a norte-americana, não a europeia, nem a japonesa) também tem lugar na carteira para efeitos de diversificação, refere o profissional. “Perante a possibilidade de um choque, a yield dos treasuries a 10 anos podem baixar cerca de 100 pontos base, o que não seria um mau retorno”, diz. Por fim, vê o contexto atual como amigável para as commodities e ativos reais. Realça o ouro, como ativo com potencial num cenário em que se poderão esperar yields reais negativas por um período prolongado.
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