Três das cinco categorias mais rentáveis são de obrigações. As outras duas de ações. Como resumo poderíamos dizer que aqueles investidores que há dez anos se tivessem decidido aventurar no investimento na América tinham feito bingo.
Nos últimos dez anos, a rentabilidade (em maiúsculas) esteve nos Estados Unidos. Três das cinco classes de ativos que na última década ofereceram, em euros, os maiores retornos correspondem a segmentos de mercado americano. Assim o especifica o guia de mercados da J.P. Morgan Asset Management, que revela quais são os segmentos de mercado concreto que mais pagaram neste período:
1. Ações americanas. Foi o mercado por excelência na última década. Quem em junho de 2008 optou por investir na América e sobreponderar este mercado na altura de fazer asset allocation e manteve a sua aposta fez bingo. A rentabilidade anualizada oferecida pela bolsa norte-americana nos últimos anos foi, em euros, de 10,7%, a maior de todas as classes de ativos.
2. Small caps. Este segmento de mercado comportou-se muito bem nos últimos dez anos. Quem em meados de 2008 foi capaz de aguentar até agora, historicamente a maior volatilidade e menor liquidez que parece acompanhar as small caps, saiu-se bem. Traduzida para euros, a rentabilidade anualizada gerada pelas empresas de pequena capitalização a nível global também foi de duplo dígito, mais especificamente de 10,3%.
3. High yield americana. Dentro de todas as categorias de obrigações, a dívida high yield dos Estados Unidos foi a que mais pagou aos investidores na última década. Apesar do grande ruído que chegou a existir em torno dos defaults que poderiam surgir neste mercado perante o colapso que o preço do barril de crude sofreu, o que afetou em cheio as empresas energéticas, setor com muito peso neste segmente, o retorno anualizado gerado pelas obrigações high yield americanas foi de 10,1%.
4. Obrigações emergentes. A dívida emitida pelos países em vias de desenvolvimento parece ter um peso muito pequeno nas carteiras dos investidores europeus, ao ser uma aposta bem mais tática. Quem há dez anos optasse por construir posições neste segmento de mercado e as mantivesse até hoje conseguiria uma rentabilidade em euros de 9,2%.
5. Dívida com grau de investimento dos Estados Unidos. Se as ações americanas e a dívida high yield norte-americana foram duas classes de ativos que remuneraram muito bem os investidores, a dívida investment grade dos Estados Unidos também não ficou atrás. Em euros, a rentabilidade oferecida na última década pelas obrigações com grau de investimento da primeira potência económica do mundo foi de 7,8%.