Já para Tomás Drumond, gestor de Carteiras na BPI Vida e Pensões, uma coisa que vê bem clara nos mercados atualmente são as contradições. “Temos por um lado os bancos centrais a subir taxas e a implementar o quantative tightening com vista a controlar a inflação. Por outro lado, as empresas têm-se mostrado muito resilientes, pelo menos a julgar pelos resultados do primeiro semestre, e as economias também mostram alguma robustez”, expõe. Para o gestor de carteiras há demasiado ruído e volatilidade, especialmente nos mercados de obrigações, o que faz com que “esperem muitas dificuldades até ao início do ano que vem”.
Contudo, há no mundo desenvolvido à beira do Atlântico dois cenários que diferem, segundo Tomás Drumond. “A Europa tem um problema adicional, em comparação com os EUA: a questão energética. É um dos pontos mais importantes a acompanhar, especialmente no que diz respeito ao impacto na maior economia da zona euro, a Alemanha”, diz. Por outro lado, realça que os Estados Unidos não se encontram imunes a toda a recente dinâmica económica e a subida de taxas de juro pode ter um impacto relevante nas famílias e empresas e gerar um problema de crédito.
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