Enquanto as maiores entidades gestoras nacionais agregam a maior fatia do bolo de fundos estrangeiros nas carteiras dos seus fundos, uma abordagem relativa resulta em resultados díspares.
Muitas são as entidades e os fundos de investimento nacionais que recorrem às qualidades de gestão proporcionadas por gestores e entidades gestoras de fundos estrangeiros. Na sua grande maioria falamos de fundos de alocação, cujos gestores se especializam não na seleção individual de títulos, mas sim no valor de boas decisões de alocação, recorrendo então à expertise dos gestores especialistas na sua área de atuação. As vantagens desta abordagem são imensas. A flexibilidade, custo, agilidade na gestão, são apenas algumas delas.
Dados divulgados pela APFIPP permitem avaliar, entre as suas associadas, quais são as entidades gestoras de fundos mobiliários cujas estratégias mais investem em UPs de fundos estrangeiros. Na sua globalidade, falamos de 2.983 milhões de euros alocados a estratégias de terceiros internacionais, que se dividem conforme visível no gráfico abaixo.
Sem surpresa, são as maiores entidades gestoras nacionais que levam a maior fatia do bolo de fundos estrangeiros em fundos nacionais, mas quando é analisado o peso destes veículos de investimento nos ativos totais em fundos de cada entidade, os resultados mostram algumas abordagens (e mixs de fundos na sua oferta) diferentes.
Aqui, a GNB GA surge como a única entidade do top 5 com uma alocação inferior a 10% a fundos estrangeiros nas carteiras dos seus fundos. Esta ponderação, inclusive não vai além dos 2%. No entanto, numa escala diferente, a BPI GA também mostra um enfoque significativo no investimento direto no seu mix de fundos, com uma ponderação pouco superior a 10% alocada a estratégias de gestoras internacionais.
Do lado oposto do espectro, vemos entidades como a Popular GA e Optimize IP, cuja oferta inclui um conjunto diverso de fundos mistos e de alocação e, consequentemente, têm 50% ou mais do seu património alocado a fundos estrangeiros. De entre o top 5 por AUM é a Santander AM aquela que mostra uma maior confiança em fundos estrangeiros entre as suas estratégias.