As gestoras com maior quota de mercado em ETF ativos

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Créditos: fabio (Unsplash)

Nos últimos anos, as gestoras de ativos redobraram a sua aposta nos ETF de gestão ativa. Um tipo de produtos cotados que são geridos ativamente, ao contrário dos ETF tradicionais. Há várias gestoras tradicionais que, ao adicionar ETF às suas estratégias, optaram por esta fórmula ativa. Uma das mais recentes foi a Capital Group. Em janeiro anunciou a sua intenção de expandir a sua carteira de produtos com este tipo de veículos e registou recentemente os primeiros na SEC, a começar a comercializar, por enquanto, apenas nos EUA.

Os bons números que este tipo de produtos estão a registar num contexto em que a gestão ativa voltou a ser valorizada devido à crise do coronavírus, indica que este compromisso com os ETF geridos ativamente está a gerar bons resultados para as gestoras. De facto, de acordo com os dados publicados pela plataforma TrackInsight, em colaboração com a J.P. Morgan AM e com a IHS Markit, o património de ETF geridos ativamente cresceu no primeiro semestre do ano em 33,9%, atingindo os 352,35 mil milhões de dólares. Hoje, representam cerca de 3% de todos os ativos geridos em fundos cotados.

Este relatório também mostra as gestoras com a maior quota de mercado neste tipo de segmento de fundos cotados, diferenciando-as entre os mercados americano e europeu (EMEA). Neste último, a Zurcher Kantonalbank, a PIMCO e a J.P.Morgan AM destacam-se como as três gestoras com maior quota de mercado. De facto, entre as três concentram 76,9% de todo o negócio de ETF ativos na região. A única gestora que repete o pódio no caso do mercado americano é a J.P. Morgan AM. É a terceira empresa com mais presença depois da Ark Investment e da First Trust.

Uma das três grandes tendências a curto prazo

Olhando para os dados de um inquérito recente realizado pela mesma plataforma, no qual participaram 373 investidores profissionais de 18 países, espera-se que este crescimento observado no primeiro semestre do ano se mantenha no segundo. Ao fim e ao cabo, a gestão ativa é uma das três áreas em que os profissionais do setor estão mais focados e em que planeiam aumentar a exposição das suas carteiras. As outras duas são ETF temáticos e ETF que seguem os critérios ESG.

Especificamente, 35% dos inquiridos afirmou que vai aumentar a sua exposição a ETF ativos nos próximos 2-3 anos, em comparação com os 7% que considera reduzir a sua exposição a este tipo de produtos. Questionados sobre as razões pelas quais optam por este tipo de estratégia, os dois motivos que mais se repetiram foram a procura por rentabilidade adicional sobre os investimentos passivos (64%) e a diversificação dos índices de referência tradicionais (46%).