As grandes convicções dos responsáveis das gestoras internacionais para investir em obrigações em 2021

Resultados da edição de 2020 da sondagem que todos os anos a FundsPeople faz aos responsáveis máximos das entidades estrangeiras para saber qual é o seu fundo preferido para investir em obrigações em 2021.

O investimento socialmente responsável (ISR) tornou-se na grande aposta para investir em obrigações em 2021. É isto que se depreende da edição de 2020 da sondagem que todos os anos a FundsPeople faz aos responsáveis máximos das entidades estrangeiras com representação ibérica para saber qual é o seu fundo preferido para investir no mercado de obrigações no próximo ano.

Seguindo uma ordem alfabética (em função do nome da entidade), desvendamos quais os fundos que escolheram os responsáveis máximos das gestoras internacionais como principal recomendação de investimento para o próximo ano e quais os motivos para a sua decisão.

Álvaro Antón Luna: SLI European Corporate Bond SRI Fund

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 “Pensamos que o crédito corporativo europeu vai continuar a ser uma opção interessante em 2021 por três motivos fundamentais: é o passo natural, dado que as obrigações soberanas continuam a oferecer rentabilidades negativas no mundo desenvolvido; é apoiado pelos bancos centrais; e conta com um perfil de risco/rentabilidade atrativo para os investidores conservadores”, conta Álvaro Antón Luna, responsável pelo mercado português da Aberdeen SI. “Para investir nesta temática, pensamos que o SLI European Corporate Bond SRI Fund pode ser uma opção muito interessante. Trata-se provavelmente da maior estratégia SRI RF Europeia Corporativa IG e com o maior track record. Foi lançada em 2012 a partir do fundo-mãe lançado em 2003, como requerimento dos fundos de pensões que estavam investidos no outro veículo lançado em 2003. Tem um viés conservador, dentro da sua classe de ativos, com uma volatilidade histórica aproximada de 2%, uma carteira diversificada com cerca de 400 posições e um tracking-error historicamente baixo e muito estável.

Romualdo Trancho: Allianz Strategic Bond

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O Allianz Strategic Bond é um fundo de investimento globalmente diverso e flexível, que procura as melhores oportunidades possíveis dentro do espaço das obrigações em quatro áreas principais: duração; crédito; inflação e moedas. Romualdo Trancho, diretor de desenvolvimento de negócio em Portugal e Espanha, conta que “visando uma baixa correlação com ações (algo que o diferencia claramente da generalidade das propostas concorrentes, mais alinhadas com essa categoria), e atuando assim como um verdadeiro diversificador de carteiras, oferece uma proteção em mercados em baixa e melhora o rendimento ajustado ao risco global de um portefólio”. “São três as principais razões para investir neste fundo: (i) ser um diversificador líquido, que oferece maior abrangência, liquidez e potencial de valorização; (ii) assenta num processo robusto e comprovado, já que cumpre a sua meta de manter uma correlação baixa com ações e mantém a sua solidez em diferentes ciclos de mercado; e, finalmente, (iii) propõe quatro fontes de alfa global, pela sua exposição global e por visar gerar alfa a partir de quatro estratégias diversas”, destaca o profissional da Allianz GI.

Marta Marín: Amundi Responsible Investing Impact Green Bond

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Segundo a diretora-geral da Amundi Iberia, a pandemia fará com que os fundos de impacto passem a estar no primeiro plano, já que os investidores estarão muito sensíveis a alcançar, através dos seus investimentos, uma melhoria positiva e concreta das questões sociais e dos desafios ambientais. “Neste sentido, o Amundi Responsible Investing Impact Green Bond permite realizar um seguimento dos investimentos na luta contra as mudanças climáticas e quantifica e mede os lucros ambientais em termos de toneladas de CO2 evitadas por cada milhão investido. Para isso, investe em obrigações verdes que cumprem com os critérios definidos pelos princípios das obrigações verdes em relação à descrição e gestão do uso dos fundos; o processo de avaliação e seleção de projetos; gestão dos fundos recolhidos e apresentação de relatórios”, explica Marta Marín.

 Beatriz Barros de Lis: AXA WF Global Strategic Bonds

Beatriz Barros de Lis

Como alternativa robusta para investir a parte mais cautelosa das carteiras, a diretora-geral da AXA IM para Portugal e Espanha, Beatriz Barros de Lis, destaca o AXA WG Global Strategic Bonds. “O fundo entrou na crise do coronavírus bem posicionado, com duração de elevada qualidade e uma grande almofada de liquidez. Na recuperação, o gestor foi rodando a carteira perante as oportunidades atrativas em segmentos como high yield, dívida subordinada ou mercados emergentes. O fundo oferece uma exposição flexível, dinâmica e diversificada às obrigações mundiais, procurando a proteção do capital. Em suma, falamos de um fundo cauteloso de obrigações flexíveis, que se adapta à situação de mercado. A ausência de estratégias alternativas (apostas em divisas, durações negativas, etc.) fazem-no ter retornos mais previsíveis e menos voláteis”.

Aitor Jauregui: BSF ESG Euro Bond Fund

Aitor Jauregui

O responsável da BlackRock para Portugal, Espanha e Andorra elege o BSF ESG Euro Bond Fund, produto gerido por Michael Krautzberger e Ronald van Loon, que se apoiam na equipa de obrigações europeias da gestora aplicando a mesma abordagem de seleção de valores, estratégias de valor relativo e controlo da duração e risco do resto das estratégias que a equipa gere. “A galardoada estratégia BGF Euro Bond dá um passo mais à frente ao selecionar no seu universo de investimento empresas com melhores padrões ESG. A integração dos aspetos ESG engloba o uso de informação qualitativa e quantitativa nos processos de investimento, com o objetivo de melhorar a tomada de decisões de investimento. O fundo investe pelo menos 80% em obrigações com qualidade creditícia de investment grade e o seu rating médio costuma ser A ou superior”, destaca Aitor Jauregui.

Sasha Evers: BNY Mellon US Infrastructure Municipal Bond Fund

Sasha Evers

Gerido pela gestora Mellon, o BNY Mellon US Infrastructure Municipal Bond Fund investe em obrigações emitidas por governos estatais e municipais dos EUA. “O capital que se obtém com estas obrigações costuma ser utilizado para financiar projetos de infraestruturas locais. O mercado de obrigações municipais é amplo e líquido, com mais de 55.000 títulos e um tamanho total de 3,8 biliões de dólares. Atualmente, as obrigações municipais oferecem rendimentos superiores aos das obrigações corporativas americanas equivalentes. Além disso, a qualidade creditícia média no mercado de obrigações municipais costuma ser superior à do mercado de obrigações corporativas com investment grade dos EUA. Por isso, as obrigações municipais tornam-se atrativos em termos de rentabilidade-risco (rendimento ajustado pela qualidade creditícia). Os investidores internacionais investem cada vez mais nesta classe de ativos pelas vantagens da diversificação que oferece”, indica o diretor-geral da BNY Mellon IM para a Península Ibérica e América Latina, Sasha Evers.

Mario González e Álvaro Fernández: Capital Group Global Corporate Fund

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Os corresponsáveis de desenvolvimento de negócio da Capital Group para a Península Ibérica, Mario González e Álvaro Fernández, destacam para 2021 o Capital Group Global Corporate Fund, “um fundo de crédito corporativo e 100% investment grade com oito anos de track record e resultados muito competitivos e consistentes. O produto carateriza-se pela sua simplicidade, sem caixas negras nem o uso de derivados e com os seus limites bem definidos e sem surpresas: intervalo de tracking error entre 100-250 pontos base. O fundo centra-se em proporcionar rentabilidade superior ao índice mediante a seleção de obrigações corporativas de investment grade de uma maneira bottom up e integrando um marco ESG baseado em UNG Global Impact. Pensamos que é uma ótima opção para aqueles investidores que queiram uma posição em rendimento fixo de qualidade nas suas carteiras com rentabilidades ajustadas ao risco atrativas”.

Rubén García Páez: Threadneedle (Lux) European Social Bond

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A estratégia que Rubén García Páez elege é o Threadneedle (Lux) European Social Bond, fundo lançado em 2017 que, segundo afirma o responsável da Columbia Threadneedle para a Península Ibérica e América Latina, foi o primeiro da sua classe na Europa. “O fundo gera uma rentabilidade financeira e impacto social investindo em títulos de dívida corporativa de toda a Europa, que se centram especificamente em apoiar resultados positivos para a sociedade no seu conjunto, sem sacrificar a rentabilidade para o investidor. Na Columbia Threadneedle estamos convencidos de que os investidores não têm porque sacrificar a rentabilidade para conseguir um impacto social positivo. As prioridades dos investidores estão a mudar não só para o E (fatores ambientais) do acrónimo ESG, mas também para a S (fatores sociais). Embora o mercado ainda esteja a avaliar as consequências a longo prazo da pandemia, esta fez com que os aspetos ESG (em especial o grande impacto social da COVID-19) representam ainda maior importância para a prosperidade financeira. A regulação e a supervisão relacionadas com as emissões e a responsabilidade social provavelmente aumentarão”, augura.

Mariano Arenillas: DWS Invest ESG Euro Bond Short

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Para Mariano Arenillas, a melhor aposta para 2021 será o DWS Invest ESG Euro Bond Short, “um fundo de obrigações internacionais denominado em euros e de curta duração que acrescenta critérios extra-financeiros ESG no momento de investir”. O profissional da DWS explica que “70% do fundo investe na zona euro, sendo 50% da carteira obrigações soberanas ou semelhantes, até 40% obrigações de crédito e até 20% países emergentes. O fundo investe em vencimentos curtos com uma duração flexível de 1 a 3 anos e sem risco de divisa. É um fundo de perfil conservador com um claro foco em fatores ESG (environment, social e governance) mediante a integração destes fatores no processo de investimento, excluindo países que não cumpram a norma internacional ou que invistam em setores controversos, da mesma forma identificamos os países que se destacam nestes aspetos ESG e informamos como podem melhorar os que vemos mais atrasados”.

Sebastián Velasco: FF Euro Short Term Bond Fund

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A eleição de Sebastián Velasco é o FF Euro Short Term Bond, um fundo que investe principalmente em dívida pública e obrigações corporativas denominadas em euros a curto prazo. “A sua rentabilidade depende das posições na curva de taxas e nas alocações de ativos, setorial e de valores. O objetivo dos gestores para 2021 será procurar oportunidades nas quais a maior parte do rendimento se gere pelo ajuste dos spreads face ao carry, sendo as valorizações o motor-chave do posicionamento. Assim, veem oportunidades em empresas de elevada qualidade que tenham uma vasta liquidez e fundamentos sólidos, sobretudo, em setores que estão em condições de recuperar a curto prazo da desaceleração económica, como o das bebidas e o da saúde, assim como o financeiro, que está barato”, destaca o diretor-geral da Fidelity International para Portugal e Espanha.

Begoña Gómez: Invesco Emerging Markets Local Debt Fund

Para a responsável de Vendas para Portugal da Invesco, Begoña Gómez, o cenário económico atual apresenta-se propício para os mercados emergentes. “A combinação da esperada recuperação económica dos países desenvolvidos, em conjunto com a debilidade do dólar, proporciona um enquadramento apropriado para as obrigações emergentes em divisa local. Além disso, se algo nos deixou claro 2020 é que os emergentes estão muito mais preparados para enfrentar os problemas que em crises anteriores. Para investir em obrigações em divisas locais dos mercados emergentes temos o Invesco Emerging Markets Local Debt Fund. A equipa gestora trata de conseguir rentabilidades superiores à média, mas com um rigoroso controlo, já que o objetivo é minimizar o potencial de perdas, até renunciando oportunidades que poderão gerar uma rentabilidade maior, mas com um risco mais alto. Graças a esta política superou consistentemente o seu índice de referência”.

Martina Álvarez: Janus Henderson Strategic Bond

Dado o carácter conservador do aforrador ibérico, Martina Álvarez considera que a estratégia Janus Henderson Strategic Bond poder ser uma opção a ter em conta. “A estratégia cogerida por Jonh Pattullo e Jenna Barnard conta com mais de 15 anos de história e ativos de quase 8.000 milhões de dólares. Com o objetivo de rendimento não garantido de 3,5%, a estratégia é alternativa ao atual contexto de crescimento de taxas baixas. Investe num vasto leque de ativos de obrigações, unicamente em mercados desenvolvidos. Critérios de ESG e liquidez fazem com que a equipa se centre em emissores que beneficiem de tendências estruturais (economia moderna) e tenham lucros estáveis. A gestão da duração (tipicamente entre 2 e 9 anos) é outra fonte de rentabilidade da estratégia”, destaca o produto da diretora de Vendas da Janus Henderson para a Península Ibérica.

Javier Dorado: JPM Global Bond Opportunities Sustainable Fund

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Num contexto tão complicado para as obrigações, ao diretor-geral da J.P.Morgan AM parece-lhe aconselhável apostar numa estratégia flexível e dinâmica, onde a equipa gestora seja capaz de investir em todo o universo de obrigações. “O JPM Global Bond Opportunities Sustainable é um fundo de obrigações que investe nas nossas melhores ideias ao longo de todos os setores de uma maneira flexível e dinâmica. Tem um objetivo de rentabilidade total e a estratégia procura gerar a maior rentabilidade possível com uma gestão disciplinada do risco. A equipa gestora tem poucas restrições, pode adotar posições curtas em duração e mover-se livremente entre todos os setores de obrigações sem a obrigação de ter posições num determinado mercado ou setor. Trata-se de um fundo explicitamente sustentável, aplicando uma integração completa de ESG, uma série de exclusões e um viés positivo para as melhores características de ESG. A estratégia obteve excelentes resultados desde o seu lançamento”, explica Javier Dorado.

Francisco Amorim: Jupiter Dynamic Bond 

Francisco Amorim Jupiter

Para Francisco Amorim, vendas para o mercado  português da Jupiter AM, os investidores que tenham como objetivo investir em ativos de rendimento fixo podem encontrar neste fundo uma estratégia global flexível que identifica oportunidades interessantes com uma abordagem unconstrained. “O Jupiter Dynamic Bond tem a flexibilidade de procurar aquilo que o seu gestor Ariel Bezalel e a sua equipa acreditam ser as melhores oportunidades de investimento dentro de um espetro de diferentes tipos de obrigações. Tem como objetivo investir em todo o espetro de fixed income de uma forma flexível e dinâmica, sempre de uma perspetiva de risco-retorno, e com um horizonte de longo prazo”, assinala.  O profissional lembra que Ariel Bezalel passou a sua carreira (mais de 20 anos) na Jupiter, e  que “magistralmente combina a análise macro com a sua habilidade de gestor de rendimento fixo”. “ A sua visão macro permite-lhe  a si e à sua equipa estabilizar o risco no portefólio; posteriormente olha para os fundamentais de cada empresa de forma a tomar decisões sobre a composição do portefólio, analisando se a entidade tem alguns catalisadores para mudar”, salienta Francisco Amorim.  “É um gestor muito conservador, que tem mantido a volatilidade baixa durante a história da estratégia e gere um portefólio muito diversificado (entre 300 e 400 títulos)”, conclui. 

Alicia García: M&G (Lux) Emerging Markets Bond Fund

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Apesar da crise do coronavírus, que impactou todas as regiões a nível global, a responsável pela M&G em Portugal, Espanha e Andorra considera que os fundamentais de investimento a longo prazo para as obrigações emergentes continuam a parecer atrativos (crescimento a longo prazo, demografia, dívida sobre o PIB...). “Além disso, e sempre com vista no longo prazo, a classe de ativos conta com o apoio de políticas monetárias muito acomodatícias dos bancos centrais e, no caso das economias mais débeis, com o apoio financeiro das instituições internacionais. Também podemos evitar as maiores rentabilidades que oferece esta classe de ativos, especialmente num contexto de muito baixos rendimentos nos mercados desenvolvidos. A nossa aposta é o M&G (Lux) Emerging Markets Bond, liderado por Claudia Calich, uma das maiores especialistas em emergentes do mercado. O fundo conta com toda a flexibilidade possível de posicionamento face a geografias, divisas, obrigações governamentais e crédito. Isto, além de proporcionar um grande nível de diversificação, permite aceder ao melhor valor relativo dentro de cada região e subclasse de ativo”, refere Alicia García.

Laura Donzella: Nordea 1 Conservative Fixed Income Fund

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Segundo a responsável de Vendas da Nordea AM para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, a estratégia Conservative Fixed Income, lançada em maio de 2020, nasce como uma alternativa ao dinheiro, dado o atual contexto de taxas negativas, assim como os fundos tradicionais de baixo riso em obrigações. “A carteira investe de forma flexível e equilibrada em obrigações globais e divisas, com uma exposição máxima à dívida high yield de 25%. Trata-se de uma solução muito conservadora, que procura oferecer retornos positivos com baixo risco, oferecendo proteção e diversificação perante quedas de mercado. Além disso, a carteira é liquidável num só dia e mantém uma estrutura de custos muito competitiva”, aponta Laura Donzella.

Ana Claver, CFA: RobecoSAM SDG Credit Income

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A equipa de crédito da Robeco continua à espera que aumente a volatilidade e se ampliem os spreads antes de voltar a subir outra vez os betas das carteiras. “Como a equipa de crédito está consciente de que os spreads atuais estão justificados pelo fator técnico dos bancos centrais estarem a comprar, mas não pelos fundamentais, depois do rally que o ativo tem experienciado decidiram neutralizar posições e estão com o beta próximo de uma das nossas estratégias IG (um pouco mais elevada na dívida financeira subordinada) e abaixo de um em HY, na procura de selecionar oportunidades atrativas em distintos ativos”, revela Ana Claver, CFA. Por isso, diz a responsável, dentro do crédito em concreto apostam no RobecoSAM SDG Credit Income, fundo income multiativo de crédito “que incorpora um layer de impacto sustentável positivo com base nos ODS das Nações Unidas, que em crédito atua como um hedge face a quedas e defaults de mercado, sobretudo mais acentuado no ativo HY e de emergentes”.  “É uma estratégia que apresenta uma yield muito atrativa, com uma filosofia de investimento conservadora orientada para nomes de máxima qualidade nas suas categorias, com o objetivo de obter retornos consistentes ao longo do ciclo inteiro de crédito e que seja interessante para aqueles investidores em busca de um income de cash regular”, conclui.  

 Carla Bergareche: Schroder ISF Global Credit Income

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“Desde há tempo acreditamos que o panorama de baixíssimas taxas de juro irá durar muitos anos, e a COVID-19 não fez mais do que ampliar este horizonte, com governos mais endividados do que nunca. Neste contexto temos uma marcada preferência pelas obrigações corporativas de qualidade, com investment grade, face às de menor qualidade ou high yield. Vemos oportunidades tanto nos EUA devido ao amplo número de emissões que estamos a ver, na Europa, já que apesar de umas valorizações aparentemente estreitas, os fundamentais surpreenderam-nos positivamente (talvez devido às expectativas) e sobretudo em mercados emergentes em dólares, já que a suas valorizações são atrativas e esperamos que beneficiem da esperada queda do dólar. Para aproveitar a oportunidade, acreditamos numa abordagem global e flexível, com uma equipa especialista e um histórico demonstrado, como o Schroder ISF Global Credit Income”, refere Carla Bergareche, diretora-geral de Schroders Portugal e Espanha.

Álvaro Cabeza: UBS China Fixed Income

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O fundo escolhido pelo responsável da UBS AM para a Península Ibérica é o UBS China Fixed Income. De acordo com o profissional, no novo paradigma da economia global, a China deixou de ser um investimento oportunista para ser estrutural. “Pouco a pouco, as carteiras globais vão integrando a China como um investimento independente, principalmente no que se refere às ações. Não obstante, essa integração ainda não se estendeu ao universo de obrigações... Acreditamos que é uma questão de tempo, já que os argumentos para os fazer são animadores tanto de uma perspetiva de diversificação como de rentabilidade. Provavelmente, o argumento de compra mais relevante, à parte da rentabilidade, é a baixa participação estrangeira, a mentalidade de manter obrigações até ao vencimento dentro do sistema bancário chinês e a política monetária independente da China”, conclui Álvaro Cabeza.