Conheça as maiores fundações nacionais e o património total que detêm. Saiba ainda como é que as duas primeiras do ranking se posicionaram ao nível do investimento efetuado.
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O Centro Português de Fundações divulgou recentemente um ranking das fundações nacionais com maior património, utilizando como universo as Fundações em Portugal com informação financeira disponível de 2 anos fiscais (2014, 2015 ou 2016) na base de dados Informa D&B (175 fundações).
Segundo as informações divulgadas pela instituição, a Fundação com maior património em Portugal é a Fundação Calouste Gulbenkian que conta com 2,88 mil milhões de euros de património. Segue-se, no segundo lugar, a Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud que totaliza, segundo os mesmos dados, 1,07 mil milhões de euros de património. O terceiro posto deste ranking fica reservado para a Fundação José Berardo, com 777 milhões de euros de património, divulga o Centro Português de Fundações.
Maiores Fundações Nacionais
Nome | Património |
Fundação Calouste Gulbenkian | 2 884 592 000 € |
Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud | 1 075 720 774 € |
Fundação José Berardo | 777 321 778 € |
Fundação Oriente | 285 695 280 € |
Fundação Inatel | 154 729 534 € |
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento | 147 744 000 € |
Fundação Casa de Bragança | 145 961 496 € |
Fundação Bissaya Barreto | 128 220 434 € |
Fundação Centro Cultural de Belém | 99 713 756 € |
Fundação Salesianos | 94 258 709 € |
Fundação Eugénio de Almeida | 89 846 223 € |
Fundação EDP | 68 990 420 € |
Fundação de Serralves | 67 702 497 € |
Fundação Museu Nacional Ferroviário Armando Ginestal Machado | 44 427 086 € |
Fundação de Assistência Médica Internacional | 37 420 494 € |
Fundação ADFP - Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional | 30 443 725 € |
Fundação Minerva – Cultura – Ensino e Investigação Científica | 25 149 093 € |
Fundação CEBI para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca | 20 152 442 € |
Fundação D.Pedro IV | 16 561 804 € |
Fundação António Cupertino de Miranda (Porto) | 16 345 233 € |
Fundação Cupertino de Miranda (Famalicão) | 16 345 233 € |
Fundação Manuel Cargaleiro | 10 184 740 € |
Fundação AFID - Diferença | 9 768 199 € |
Fundação Francisco Manuel dos Santos | 8 427 985 € |
Fundação António Silva Leal | 4 202 661 € |
Fundação José de Almeida Eusébio | 2 418 683 € |
Fundação Manuel António da Mota | 1 401 146 € |
Kangyur Rinpoche - Fundação para a Preservação da Cultura Tibetana | 739 268 € |
Fonte: Centro Português de Fundações; universo as Fundações em Portugal com informação financeira disponível de 2 anos fiscais (2014, 2015 ou 2016) na base de dados Informa D&B (175 fundações).
Algumas estratégias de investimento
A Fundação Calouste Gulbenkian, revelava no seu último relatório e contas de 2016, alguns pormenores sobre a forma como têm evoluído os investimentos que executam. No documento referiam que nos últimos cinco anos “a carteira de ativos financeiros teve um desempenho satisfatório, acompanhando o comportamento dos mercados”, o que lhes valeu um rendimento médio anual de 8,3%. Esse valor, acrescentam, “excedeu largamente o objetivo de longo prazo definido pela Fundação”. Segundo reportam também, “até meados de 2013, a carteira foi gerida por entidades externas especializadas, na sua maioria contratadas ao abrigo de mandatos de gestão discricionária que lhes conferiam liberdade na tomada de decisões de gestão, dentro dos limites estabelecidos por orientações gerais da Fundação”. Julho de 2013 foi um marco importante para a Fundação, pois foi a altura em que “com o apoio de um consultor externo", se definiu, em termos gerais, "que tal carteira devia ser gerida de forma passiva, o que significa que os ativos financeiros detidos deverão ter por objetivo replicar o comportamento dos mais importantes índices bolsistas internacionais, investindo nos seus títulos mais representativos”.
No caso da Fundação Champalimaud – segunda classificada deste ranking – o ano de 2016 trouxe à entidade uma valorização de 5,6% na sua carteira de investimentos, referem no relatório e contas 2016. Com uma política de investimentos que apelidam de “conservadora” a Fundação acrescenta que se esforçam “por ultrapassar a performance do mercado”, pelo que selecionam “os melhores fundos para cada categoria de ativos”, atribuindo a sua “gestão a reconhecidos gestores desses produtos, que asseguram retornos adequados aos riscos implícitos”. No ano passado, o rendimento fixo foi, referem, a componente que mais contribuiu para os ganhos da carteira, com um retorno de 6,9%, a que corresponderam ganhos aproximados de 14,2 milhões de euros.
Fundações: o cliente mais residual da gestão de patrimónios
Os dados da APFIPP revelam que as Fundações são o tipo de cliente menos relevante, estatisticamente, para as entidades que fazem gestão de patrimónios em Portugal.
Informação da Associação datada de setembro mostrava que as Fundações perfaziam 52 milhões de euros de euros de volume total gerido por estas entidades.