“As obrigações foram a classe de ativos que mais reforçámos nas carteiras, num movimento que me parece consensual, de forma mais ou menos conservadora”, introduz Cristina Carvalho. Segundo a profissional da Amundi, de forma geral, na entidade gestora francesa, dão preferência a ativos de qualidade. “Emissões soberanas e crédito com bons ratings, mas não só. Não é só a qualidade que é importante, mas também o nível de liquidez, especialmente perante a incerteza que paira sobre os mercados financeiros”, diz. Fica evidente, assim, que ainda é cedo para investir em high yield na opinião da profissional. “Não paga o risco que se assume. É aquele segmento de mercado que pode ser mais atingido se a economia se deteriorar e se os defaults começarem a aumentar”, explica. Contudo, acredita que na segunda metade do ano, quando a poeira estiver mais assentar e houver mais visibilidade, esta subclasse de ativos possa fazer sentido.
No que diz respeito ao risco de taxa de juro, por seu lado, o posicionamento é relativamente neutral. “Estamos mais positivos do que estávamos, mas não posso dizer que estejamos longos. Temos sempre, no entanto, uma abordagem muito ativa. Não estando, propriamente, a adicionar duração, vamos ajustando as carteiras de forma pontual”, expõe.
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