As quatro recomendações da EFAMA para melhorar a supervisão e a análise de risco dos fundos alavancados

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swgn, Flickr, Creative Commons

A Associação Europeia de Fundos e Gestão de Ativos (EFAMA) e a Associação Internacional de Mercados de Capitais (ICMA) publicaram, conjuntamente, um documento em que analisam como e porque é que se utiliza o efeito de alavancagem nos fundos de investimento na Europa; analisam também como é que as gestoras abordam, na prática, os riscos relacionados com este assunto e as ferramentas técnicas utilizadas para medir essa alavancagem e fazer uma gestão mais eficiente das suas carteiras.

O relatório aborda o tema da alavancagem, já que constitui uma parte importante da preocupação regulatória internacional sobre o risco sistémico em fundos de investimentos. Explora e descreve como o regime legislativo europeu, em particular os quadros legislativos dos UCITS e da AIFMD, mas também outros padrões EMIR, oferecem uma estrutura sólida para abordar os riscos relacionados com a alavancagem dos fundos de investimento.

O relatório também apresenta um conjunto de recomendações para melhorar a supervisão e a análise de risco de alavancagem. Concretamente, são quatro:

1. Os padrões regulatórios que se aplicam atualmente no quadro da União Europeia poderão formar a base para desenvolver um conjunto de parâmetros que permitam medir a alavancagem e o risco a nível mundial. Isto permitiria obter informação importante sobre as exposições de um fundo, já que não existe nenhum parâmetro que reflita todos os riscos relativos à natureza, ao tamanho e às características dos ativos e estratégias subjacentes de um fundo.

2. Simplificar mais as metodologias utilizadas em todo o mundo, para calcular a alavancagem e o risco. Neste sentido, os reguladores deveriam basear-se no regime regulatório atual da UE.

3. Se necessário, poderão considerar-se modificações e atualizações destas metodologias e, concretamente, as diretrizes do CESR (Comité de Supervisores Europeus de Valores) de 2010, a partir das melhores práticas observadas a nível europeu.

4. A troca de dados públicos entre reguladores é essencial e deverá melhorar, tanto dentro da EU como a nível mundial, pois facilitaria aos reguladores avaliar melhor os riscos relativos aos fundos de investimento, tanto na Europa como no resto do mundo.