As três vertentes de negócio que vão orientar a atividade da Dolat Capital

Pedro Teles. Fonte: Cedida

A Dolat Capital já vem escrevendo a sua história desde 2016. Sendo uma das empresas de investimento independentes com licença para prestar serviços de aconselhamento de investimentos em Portugal, tem consolidado a sua atividade cada vez mais na vertente institucional do mercado. “Vimos um crescimento muito significativo este ano ao nível de clientes institucionais, não só no serviço de Outsourced Chief Investment Officer, como nas áreas de research e no serviço de second party opinion. Nesse sentido, tem sido um ano muito bom também ao nível da diversificação do negócio”, introduz  Pedro Teles, o diretor da entidade, em conversa com a FundsPeople, revelando, assim, as três vertentes de negócio que foram o foco desta conversa. 

Mas dando um passo atrás, Pedro Teles relembrou aquelas que acredita ser as grandes valências da Dolat Capital. “Há três coisas que consideramos que fazemos bastante bem. Primeiro, dominamos muito bem todo o tema da gestão indexada, seja através de ETF ou de fundos passivos. Temos, neste campo, uma metodologia bastante consolidada, tanto ao nível quantitativo como qualitativo”. O segundo ponto, explica, é o que chama de construção de carteiras. “Somos muito focados em fazer as coisas de forma muito estruturada através de uma política de investimentos, tanto no seu desenho como na implementação e monitorização”, diz. E, finalmente, a análise financeira. “Temos desenvolvido e somos muito sólidos hoje em dia na criação de modelos multifator para instrumentos financeiros, sobretudo obrigações”, expõe. Aqui, trabalham diferentes vertentes ao nível do país, do emitente ou do instrumento, no sentido de possibilitar a interpretação do risco e perceber melhor o perfil de risco e retorno dos instrumentos financeiros, segundo explica o responsável.

Mas focando mais especificamente nas três áreas de atuação, Pedro Teles explica em maior detalhe. Em primeiro lugar, a figura do Outsourced Chief Investments Officer ou O-CIO. “Aqui o nosso papel acaba por ser o de diretor de investimentos externo do cliente. É um serviço que faz sentido quando o cliente tem um departamento financeiro e um volume grande de ativos financeiros, mas não tem uma equipa de investimentos interna”, explica Pedro Teles, exemplificando com fundações, fundos de pensões ou empresas familiares, como o cliente tipo nesta vertente de negócio.

Com soluções especializadas de front-office e back-office em função dos objetivos financeiros e necessidades de cada cliente, o que a Dolat propõe com este serviço passa por quatro fases. Uma auditoria à carteira e processos do cliente, para começar. Segue-se a definição de uma estratégia para estruturação da carteira, “seja porque o risco-rentabilidade não está otimizado ou porque há uma necessidade de redução de custos, por exemplo”, como conta Pedro Teles, seguindo-se a implementação da carteira e, claro, a monitorização, reporte e reavaliação periódica. 

Research on demand

Segue-se o research on demand, um trabalho que passa por produzir “recomendações genéricas”, nas diferentes dimensões referidas anteriormente, seja ao nível país, seja ao nível da própria emissão. “Mais recentemente temos focado muito nos nossos modelos de scoring multifator, principalmente para obrigações específicas e emitentes, mas estamos a adaptar estes modelos para outros ativos como ETF ou ações”, diz Pedro Teles.

Segundo explica, o objetivo é “converter informação complexa, dispersa e difícil de perceber numa escala mais intuitiva”. Isto faz com que os clientes alvo, como as gestoras de ativos, bancos, seguradoras ou fundos de pensões, possam libertar recursos para que “se concentrem naquilo que mais lhes importa e para o qual têm maior experiência”. Além disso, diz, trazem “uma perspetiva independente e um mindset que acrescenta valor”. “Posicionamo-nos como uma extensão da equipa do cliente”, explica o diretor da Dolat Capital.

Second Party Opinion

Finalmente, a vertente da Second Party Opinion. “Esta linha de negócio nasceu como uma extensão natural das capacidades já existentes no negócio. Percebemos que havia uma necessidade no mercado não só de um tipo de análise mais customizada, como também de uma segunda opinião sobre ativos financeiros já em carteira de uma ponta à outra”, expõe. 

Recorrem, para pôr em prática esta atividade, também ao expertise e modelos de scoring que alimentam as outras atividades da empresa. “É um serviço em que tentamos incrementar o nível de análise com uma opinião independente, ajudando a identificar riscos que poderão não estar contemplados”, detalha Pedro Teles. Potenciais beneficiários de uma segunda opinião sobre os investimentos e, consequentemente, clientes alvo passam, como explica o profissional, por bancos, fundos de pensões, gestoras de ativos ou seguradoras. 

Basicamente, e como conclui Pedro Teles, “há uma panóplia de funções e especialidades em que o cliente pode precisar de ajuda e nós queremos estar lá para ajudar”.