A entidade gestora de patrimónios nacional IBCO divulgou o seu relatório anual de 2022 onde destaca que "apresentou uma evolução abaixo das perspetivas e projetos a que se balanceou" no ano. Justifica esta evolução com "a forte volatilidade dos mercados de capitais, especialmente ao nível acionista, originada por todo o ambiente económico negativo devido a forte subida da inflação a nível global e pela incerteza geopolítica".
Não obstante, os ativos geridos pela entidade, patentes na rubrica de responsabilidades por prestação de serviços, recuaram apenas 2,17% no ano para os 94,65 milhões de euros. Os dois fundos da casa, o IBCO SICAV Global Bonds e o IBCO Sicav Global Equities, estão atualmente (28 de junho) com 5,32 e 6,96 milhões de euros respetivamente, o que compara com os 6,02 e 8,42 milhões de euros de março do ano passado.
Já as comissões recebidas recuaram cerca de 10% especialmente impactadas pelas comissões de gestão de ativos dos fundos luxemburgueses da entidade que recuaram 17,8%, e de gestão de ativos de particulares, que recuaram 15,6%. A entidade gestora fechou o ano com resultados líquidos de -65,57 mil euros.
Sobre o segmento de clientes particulares, a entidade refere no relatório que a "predisposição para a exposição em ações que tinha vindo a recuperar moderadamente nos últimos anos, foi fortemente abalada em 2020 em virtude da pandemia do Coronavírus e em 2022 pela situação geopolítica, tendo invertido a ligeira recuperação que se sentiu em 2021". Classificam este segmento de clientes como "o mais arriscado para a empresa".
Já para os clientes institucionais que, na sua maioria, não está autorizada para o investimento em ações, como indicam da IBCO, "a empresa tem privilegiado o investimento em dívida pública que, apesar de ter apresentado rentabilidades bastante negativas em 2022, dão uma boa perspetiva de rentabilidade para os próximos anos".