Ainda assim, no primeiro trimestre de 2022, a entidade regista um crescimento das comissões associadas à gestão e distribuição de ativos, e também dos recursos de clientes de balanço.
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Mais uma entidade financeira a apresentar os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022. Desta feita, o Millennium bcp, liderado por Miguel Maya Dias Pinheiro, apresentou um resultado líquido consolidado nos primeiros três meses de 2022 de 112,9 milhões de euros, “influenciado por encargos de 123,3 milhões de euros associados à carteira de créditos em francos suíços concedidos pela subsidiária na Polónia”, afirma a própria instituição em comunicado. Já no que se refere à atividade em Portugal, o resultado líquido foi de 107,6 milhões de euros, evidenciando um crescimento de 29% face ao período homólogo em 2021.
A nível do grupo, as comissões líquidas foram uma das rubricas que impulsionaram favoravelmente o crescimento do resultado líquido, com um crescimento de 12,7%, para os 192,8 milhões de euros neste primeiro trimestre, entre o total das comissões da atividade nacional e internacional da instituição. De destacar a evolução das comissões de Bancassurance e gestão de ativos, com as primeiras a registar um crescimento de 4% para 30,4 milhões de euros, e as segundas a aumentarem 4,5% para os 18,5 milhões de euros.
Se olharmos apenas para as comissões da atividade em Portugal, esta rubrica cresceu 14,1%, ascendendo aos 136,5 milhões de euros, “com as comissões relacionadas com o negócio bancário a crescerem 13,1% e as comissões relacionadas com os mercados financeiros a situarem-se 19,7% acima do montante contabilizado no primeiro trimestre de 2021”, indica a entidade. De facto, as comissões relacionadas com o mercado foram “impulsionadas pelo crescimento quer das comissões associadas a operações sobre títulos, quer das comissões associadas à gestão e distribuição de ativos, devido sobretudo à atividade de distribuição de fundos de investimento de terceiros, mas também ao crescimento das comissões de gestão de carteiras”, refere a entidade em comunicado.
Por seu lado, os recursos totais de clientes, na atividade em Portugal, “ascenderam a 66.635 milhões de euros em 31 de março de 2022, apresentando um crescimento de 4.504 milhões de euros face aos 62.131 milhões de euros apurados no final do primeiro trimestre do ano anterior”, mencionam. Esta evolução deveu-se sobretudo ao crescimento dos recursos de clientes de balanço.
Já os recursos fora de balanço, em Portugal, "diminuíram 443 milhões de euros passando de 16.605 milhões de euros em 31 de março de 2021, para 16.162 milhões de euros no final do primeiro trimestre de 2022, sendo esta evolução explicada pela tendência de redução dos seguros de poupança e investimento, apesar dos aumentos registados nos ativos distribuídos e nos ativos sob gestão”, esclarecem.
Ativos sob gestão e distribuídos crescem
Em termos consolidados, os ativos sob gestão e ativos distribuídoscresceram, respetivamente, 12,2% (para 5.557 milhões de euros) e 5,9% (para 6.052 milhões de euros), enquanto a rubrica dos seguros de poupança e investimento caiu 20,6% face a março de 2021, para os 6.254 milhões de euros.