Nas últimas semanas, as esperanças de aumento da procura de matérias-primas por parte da China e dos EUA favoreceu os fundos da América Latina, sendo que os de acções Brasil alcançam valor máximo de fluxos, desde final de Setembro.
Segundo dados da consultora EPFR, os fundos de acções Brasil registam a décima quarta semana mais alta na entrada de capital, desde Setembro, apesar dos recentes dados divulgados pelo Banco Central do Brasil que apontam para uma taxa de inflação superior à do crescimento do PIB. Segundo os analistas desta consultora, a procura de matérias-primas pela China e EUA está na origem do maior apetite dos investidores por risco e por fundos que investem em América Latina e, especificamente, Brasil.
Durante a semana terminada na quarta-feira, dia 23, os fundos de acções atraíram 5,65 mil milhões de dólares, sendo que aproximadamente quatro mil milhões de dólares foram destinados a fundos de mercados emergentes. Nos mercados desenvolvidos os investidores do retalho investiram em fundos de acções pela terceira semana consecutiva.
Trata-se da primeira vez que isto se verifica desde Fevereiro de 2011, embora os fluxos de investidores institucionais continuem fracos devido às projecções em baixa do Fundo Monetário Internacional para a economia global, afirma a EPFR.
Apesar disso, os fundos de acções de mercados desenvolvidos conseguiram atrair 1,6 mil milhões de dólares e marcam um grande início de ano, referem os analistas da consultora EPFR.