Banco Best em 2020: trading e gestão de ativos beneficiaram fortemente da volatilidade

Créditos: Alex Mao (Unsplash)

O Banco Best apresentou os seus resultados relativos ao ano de 2020, onde anuncia um resultado líquido de 1,8 milhões de euros, 33% inferior ao verificado em 2019.  Em sentido inverso, no que respeita à evolução do número de clientes, o banco ultrapassou os 86 mil, tendo sido captados 3.300 novos clientes. “Esta evolução positiva é o resultado da agilização do processo de onboarding à distância, da dinâmica das ações de marketing digital e da atuação da rede comercial, designadamente através da celebração de parcerias com diversas entidades”, dizem da instituição financeira.

O contexto de mercado foi, segundo o Best, benéfico para a atividade de trading e gestão de ativos, que beneficiaram “fortemente da volatilidade verificada nos mercados financeiros”, tendo nomeadamente o “volume de transações até dezembro de 2020 mais do que duplicado face ao ano anterior”.

Negócio

A par do enfoque no digital banking, o Best indica que se prosseguiu a estratégia de inovação da oferta de produtos e serviços financeiros, com “especial ênfase na área de asset management, e no reforço da independência da oferta”.

Na vertente de fundos de investimento a estratégia de enriquecimento da oferta assenta na identificação de novas alternativas de investimento que adicionem valor às atuais soluções, quer a nível de nichos de mercado específicos bem como a diferentes estilos de gestão ou abordagem na alocação de ativos”. O Banco Best assegura a “distribuição de mais de 3.200 fundos de investimento de mais de 70 sociedades gestoras para o público em geral, a que acresce a disponibilização de cerca de 2.000 fundos de investimento exclusivamente para o mercado institucional de B2B”.

Entrando em detalhe nos projetos desenvolvidos no âmbito da relação com a gestão de ativos, o Best realça as seguintes atividades no ano:

- Parceria com a Square Asset Management para disponibilizar um novo fundo de investimento imobiliário aberto: o Property Core Real Estate Fund. No final do ano, segundo indicam, o volume sob gestão era próximo de 10 milhões de euros.

- Celebração de um acordo com a gestora Flossbach von Storch, “permitindo aumentar a oferta da gama de fundos de investimento mobiliário de multi-ativos”.

- No âmbito da gestão passiva e na “vertente das carteiras modelo do Portfolio Selector, foram criadas duas carteiras que integram somente ETFs, aumentando assim para cinco as soluções associadas ao Portfolio Selector. No mesmo sentido, o conceito do Funds Selector foi alargado aos ETFs – o agora denominado Funds & ETF Selector – onde se incluem os três ETFs de referência para cada uma das dez categorias disponíveis”, explicam.

- Em torno da temática central de “O futuro depois do Covid-19” o banco identificou um conjunto de cinco megatendências que reflete em carteiras de fundos ou ETF:  “Tecnologia”, Saúde”, “Sustentabilidade”, “Estratégia de investimento dos 3 Ps” e “O futuro do E-Commerce!”

- Foram lançadas as bases para a criação de um novo serviço de aconselhamento automatizado na venda de seguros ligados a fundos de investimento ou unit-linked. “Será uma nova funcionalidade 100% digital e exclusiva da APP do Banco Best, a ser lançada para clientes no decorrer do 1º trimestre de 2021. Tendo como público alvo os investidores jovens que procuram as aplicações de smartphone para concretizarem os seus objetivos de investimento a médio e longo prazo, esta nova funcionalidade foi desenvolvida com base num algoritmo proprietário do Banco Best, onde o aconselhamento é realizado em tempo real, em função dos objetivos de investimento e das características especificas do investidor”, dizem do banco.

Na imagem abaixo estão patentes estas e outras iniciativas.