Barclays apresentou perspetivas para 2014 aos investidores

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O Barclays Wealth & Investment Management realizou nas passadas segunda e terça-feira, dias 20 e 21, mais um ciclo de seminários, no Porto e em Lisboa, aberto aos investidores e rede comercial, que contou com a apresentação do Outlook da casa para 2014, e ainda com uma intervenção sobre os fundos Multi-Manager da entidade. Kevin Gardiner, Chief Investment Officer do Barclays Wealth & Investment Management, perante uma plateia repleta de investidores, durante cerca de uma hora mostrou as perspetivas do Banco não só em termos macro-económicos, mas também ao nível das preferências de asset allocation.

Zona Euro: crescimento, mas...

“A economia global vai continuar a crescer em 2014”. Foi com esta perspetiva positiva que o responsável máximo de investimos da entidade iniciou a sua exposição. Realçando a necessidade de nos investimentos se colocar as coisas em perspetiva, Kevin Gardiner sublinhou que em relação ao Euro, esse contexto ganha uma importância ainda maior.

“Acreditamos que o crescimento económico vai ser um pouco mais forte do que no ano passado e também mais sincronizado. A zona euro vai provavelmente desacelerar um pouco, mas vai continuar a crescer”, referiu.

A crise do euro vai continuar durante algum tempo, acredita o especialista, que reitera a necessidade de uma maior integração na zona euro. “Uma das formas da crise europeia começar a desvanecer é a implementação da união bancária. É necessária uma maior integração a esse nível, mas também no que diz respeito aos impostos e à dívida pública. Acreditamos que uma maior integração fiscal seria positiva”. Com este ponto de vista, Kevin Gardiner referiu mesmo que a crise europeia só cessará quando todos estes pontos forem cumpridos, o que “pode demorar 5 ou 10 anos”.

“Devemos então estar preocupados em relação à moeda única?” Para o chefe de investimentos do Barclays Wealth & Investment Management, esse medo não é justificado. “Enquanto os políticos estiverem a mover-se na direção certa, ainda que devagar, o BCE garante que vai fazer tudo para manter a estabilidade da moeda única”, justifica.

E Portugal?

Em relação ao nosso país, o especialista indica como maior “pedra no sapato” a preocupante dívida pública do país. Ainda que positivo no crescimento luso, Kevin Gardiner não deixa de lembrar que “a dívida já ultrapassa os 135% do PIB”. “Acreditamos que é possível corrigir este número sem que seja feita uma reestruturação da dívida. Mas para que isso aconteça precisamos de assistir a um crescimento decente na zona euro, que faça aumentar o apetite dos investidores na compra de obrigações portuguesas”, acrescenta.

Foco nos EUA e na Europa Continental

Em termos de asset allocation, o Barclays Wealth & Investment Management, aproveitou a perspetiva de crescimento enunciada na apresentação para referir que “as ações são o ativo que mais beneficia desta fase”. “Se os investidores estão focados no crescimento económico, as obrigações não são um bom sítio para estar e, para além disso, não estão baratas”, avisa.

Ainda que as ações não estejam tão baratas como há algum tempo atrás, o especialista reitera que os mercados accionistas são o sítio certo para “se estar”. Neste campo, refere então que em termos estratégicos estão positivos em relação aos Estados Unidos e à Europa. “Estamos mais focados na América e na Europa continental. Nas duas áreas combinadas, não apenas nos EUA “ou” na Europa Continental”, explica.

 

(Na foto: Kevin Gardiner, Chief Investment Officer do Barclays Wealth & Investment Management)