O segmento de fundos de pensões não ficou imune aos “estragos” do último trimestre de 2018, e em termos anuais regista-se uma queda de 1,6% nos montantes sob gestão. Que entidades resistiram?
Nos balanços relativos ao ano passado é difícil escapar à palavra “decréscimo”, e também no segmento de pensões é esse o caso. O relatório trimestral dos fundos de pensões da Associação Portuguesa de Fundos de investimento, Pensões e Patrimónios referente ao término de 2018 mostra que o segmento de fundos de pensões terminou com uma variação anual negativa de 1,6%, o que se traduz em menos 316,37 milhões de euros face ao final de 2017. Contas feitas, o segmento de fundos de pensões terminou dezembro de 2018 nos 18.988 milhões de euros de montante gerido, longe dos 19.304 milhões de um ano antes.
A difícil conjuntura principalmente vivida no último trimestre de 2018, abalou praticamente todas as entidades, “estrago” que acabou por se refletir no balanço do ano para o segmento. Desta feita, e recorrendo aos dados da APFIPP, conclui-se que apenas quatro entidades conseguiram crescer em 2018.

Fonte: APFIPP, 31 de dezembro, dados trimestrais
Em termos percentuais, como visível, o grande destaque foi para a BBVA Fundos. Fechando 2018 com uma quota de mercado de 2%, a entidade cresceu 4,1% no último ano, o correspondente a 15,45 milhões de euros em termos monetários. Em termos de montante sob gestão esse avanço valeu-lhe fixar-se no patamar dos 387,78 milhões de euros.
O maior crescimento monetário do ano, contudo, pertenceu a outra entidade: a BPI Vida e Pensões. A gestora conquistou uma variação monetária superior a 72 milhões de euros, o que em termos percentuais foi correspondente a 2,6% de avanço. Fechou 2018 com 2.819 milhões de euros de montante gerido, consolidando o posto de terceira maior entidade do segmento.
Nos destaques não fica de fora a gestora Futuro. Cresceu 1,3%, arrecadando mais 19,75 milhões de euros, terminando o ano passado com 1.546 milhões de euros de volume gerido.