BiG recebe gestoras internacionais numa conferência aberta aos investidores

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PurpleBug Sales and Marketing , Flickr, Creative Commons

“Desafios e perspetivas de investimento para 2014” foi o tema que na passada sexta-feira, dia 29 de novembro, juntou o Banco de Investimento Global às entidades internacionais Fidelity, Pictet e Pioneer Investments.

No CCB, em Lisboa, a sala Almeida Negreiros encheu-se de investidores que começaram por escutar as palavras do Presidente e CEO do Banco BiG, Carlos Rodrigues, que relembrou que a instituição “sempre acreditou que a transparência é o mais importante”, tendo sido a primeira a comercializar fundos de terceiros.

Confiança nos mercados emergentes

A conferência prosseguiu com a intervenção de Tiago Forte Vaz, Head of Portugal e Brasil da Pictet, que apresentou o tema “Perspetiva: caminhando para um novo ciclo de investimento”.  O especialista da entidade suíça diz acreditar que “a médio prazo a inflação vai ressurgir, e o mercado de dívida vai entrar num bear market”. Com alguma esperança depositada nos mercados emergentes, Tiago Forte Vaz reforçou a confiança no mercado obrigacionista destes países, e ainda na dívida em moeda local. “Estamos positivos nos mercados emergentes por causa do crescimento previsto para estes países, que é de 6%, enquanto por exemplo na Europa é de 1,7%”.

Retorno, desafios e mais Europa

“Searching for income” foi o tema apresentado pela Pioneer Investments, cuja Head of Institutional Sales, Teresa Molins, reforçou a ideia de que precisamente “a procura pelo retorno está a tornar-se cada vez  mais difícil”. A especialista da entidade fez questão de demonstrar que na Pioneer a estratégia passa por “ter um approach diferente em áreas distintas”. Nas obrigações a gestora apresenta como solução o aumento das fontes de alfa, enquanto nas ações Teresa Molins reforçou a necessidade de se fazer uma boa gestão da volatilidade.

Para falar sobre “os desafios e oportunidades/riscos que se vivem na Europa e em Portugal”, o convidado foi Firmino Morgado, gestor de carteiras para a Ibéria e Europa da Fidelity. O especialista mostrou-se esperançoso em relação ao mercado europeu e deixou um voto de confiança nas empresas do velho continente. “Os earnings das empresas europeias estão acima da média mundial. Efetivamente a Europa cresce menos do que o resto do mundo, mas as empresas europeias apresentam um crescimento sólido devido à sua diversificação”.

Apesar de achar que o “sistema financeiro está atualmente mais “equipado” para o futuro”, Firmino Morgado deixou um alerta de que “em Portugal há pouca reciclagem das poupanças na economia portuguesa”. “Era importante que se fomentasse o mercado de high yield em Portugal para que algumas empresas fossem ajudadas”, sublinhou.

Relação histórica com gestoras internacionais

Rui Broega, diretor da gestão de ativos do BiG, realçou à Funds People que iniciativas como estas “reforçam o DNA de transparência que o BiG tem para com os clientes”, referiu, enfatizando a “relação histórica” mantida com algumas gestoras internacionais. Broega assinalou também a intenção de que a cada semestre se realize uma conferência aberta aos investidores de Lisboa e do Porto, com “uma lógica mais macro e não tão focada no produto ”.

O final da sessão ficou a cargo de João Lampreia, responsável pela área de Research do Banco BiG, que apresentou o Outlook do banco para 2014 em que destacou o potencial de valorização do mercado accionista do Bloco Europeu, uma situação que resulta de um nível de avaliação apelativo das principais métricas fundamentais e pela expectativa de recuperação do nível de lucros e das margens brutas das empresas Europeias que ainda se encontram relativamente distantes de máximos anteriores. Já o espaço de valorização do mercado norte-americano poderá ser obtido essencialmente por via da expansão do múltiplo, tendo em conta que será difícil manter/elevar o actual nível de lucros historicamente elevado das empresas norte-americanas. No geral, as avaliações do mercado accionista mostram-se relativamente justas face ao ciclo vigente e comparam de forma amplamente favorável com os activos de rendimento fixo.