BMO em Portugal reporta quebra nos resultados em 2020 e pondera o encerramento da atividade

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Créditos: Dima Pechurin (Unsplash)

A BMO GAM reportou os resultados da sua atividade em Portugal relativamente ao exercício de 2020, onde fica evidente uma quebra dos resultados líquidos na ordem dos 37% para os 1,26 milhões de euros (2 milhões de euros em 2019), como resultado de uma quebra de 8% das comissões recebidas. Esta rubrica fechou o ano nos 7,67 milhões de euros.

Contudo, o destaque no relatório vai para a novidade reportada em março, quando a BMO Global Asset Management confirmou que a Ageas – o seu cliente em Portugal – comunicou a sua intenção de passar a executar internamente a gestão de ativos das diversas soluções de investimento do grupo em Portugal. “A BMO GAM continuará a fornecer os serviços normalmente até que a transição seja concluída em julho de 2021”, confirmavam então da entidade gestora à FundsPeople.

No relatório e contas de 2020 vem expresso que “as clientes seguradoras tinham notificado a sociedade da cessação dos contratos de gestão discricionária de carteiras com efeitos em 1 de julho de 2021. Entretanto, também a cliente gestora de fundos de pensões notificou a sociedade da cessação do contrato geral de gestão discricionária de carteiras com efeitos na mesma data. Em conjunto, estes clientes representam, direta ou indiretamente, mais de 99% dos ativos sob gestão a 31/10/2020 e da receita anual de comissões”. 

A BMO assegura que está a trabalhar com os clientes no sentido de assegurar uma transição adequada dos ativos. Além disso, indica que “irá também continuar a trabalhar com a sua acionista única com vista à avaliação de quaisquer alternativas de reposicionamento da atividade ou, se nenhuma for identificada, à organização do respetivo encerramento”. 

Fundo de pensões

De destacar que a BMO GAM em Portugal assumiu a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores pensões de reforma por velhice e por invalidez e outras responsabilidades. O fundo associado a estas responsabilidades fechou o ano com ativos sob gestão na ordem dos 3,2 milhões de euros, desagregados como evidente na tabela