BPI com os olhos posto na África subsariana e em França

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Cedida

O Investor Relations & Governance Awards, da Deloitte, realizou-se pela 26ª vez em Julho deste ano. Entre outros prémios, o BPI arrecadou o de 'Melhor Casa de Research'. A Funds People Portugal foi agora saber como é que se constrói o sucesso do Banco Português de Investimento, pelo olhar de Bruno Silva, analista no Banco, e também ele premiado nesta mesma cerimónia.

Para Bruno Silva os segredos do destaque dado ao BPI são fáceis de enumerar: “existe uma cultura de rigor e independência com vários anos, sendo essa constância o ingrediente necessário para construir uma dinâmica virtuosa”, diz.

Apesar da “coluna vertebral da equipa” ser a mesma já há algum tempo, o analista não esconde que no 'sell-side' a visibilidade é grande e, por isso, a rotação de equipas também. “Os bons resultados alcançados pela equipa, que têm sido amplamente divulgados através de prémios específicos desta indústria aumentam ainda mais essa visibilidade e a atractividade dos profissionais da equipa que são constantemente assediados por bancos concorrentes”, confessa.

Cultura BPI” 

Quando questionado sobre se os prémios são sinónimo de mais clientes, o analista diz que apesar de “poder haver algum efeito de branding” é preciso que se tenha noção de que “a angariação de clientes é um processo demorado, e que é feito com base numa espécie de 'trial period' em que o cliente prospectivo beneficia do produto oferecido sendo o nosso grau de sucesso particularmente elevado”.

No que diz respeito à evolução da actividade no banco, o especialista diz que os aperfeiçoamentos vão sendo feitos ao longo do tempo, já que “a indústria evolui sendo mais sofisticada e envolvendo mais competências de análise como os 'fixed income' e os derivados”.

As oportunidades selectivas de coberturas sectoriais no âmbito europeu, diz o analista, foram identificadas por algumas pessoas da equipa. No entanto essas oportunidades “foram sendo afectadas pela crise”. Agora em cima da mesa está a expansão de negócio para a África subsariana e a França, estando estes projectos já em 'ramp up' e com “reconhecimento de muitos clientes”.

Bruno Silva sublinha também que já existem outras oportunidades identificadas, mas “o maior desafio é sem dúvida o capital humano”, já que “demora muito tempo a formar e a adaptar à cultura BPI”, de forma a que se respeitem os exigentes padrões de qualidade.