BPI: evolução positiva dos montantes em seguros e das comissões na gestão de ativos

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O BPI apresentou os resultados referentes ao exercício de 2018 no qual registou um lucro líquido de 218 milhões de euros na atividade bancária em Portugal (excluindo efeitos não recorrentes), o que se configura num crescimento de 25,5% face ao ano anterior. Em termos consolidados, o lucro foi de 490,6 milhões de euros o que compara com os 10,2 milhões de euros de 2017.

O banco destaca também os efeitos extraordinários decorrentes da venda de diversas participações, onde se inclui a alienação da BPI Gestão de Ativos e BPI Global Investment Fund, no segundo trimestre de 2018, que representou uma transação no montante de 61,8 milhões de euros.

Com o lema de “Criar valor com valores”, o banco apresentou recentemente o plano estratégico para o período de 2019-2021, onde é deixado claro que almeja “contribuir para o bem-estar financeiro dos clientes do BPI e para o progresso de toda a sociedade, com o objetivo de oferecer o melhor serviço ao cliente e de ser uma referência na banca socialmente responsável, assente nos valores da qualidade, confiança e compromisso social”. No caminho para a concretização destes objetivos, o banco destaca o crescimento e diversificação das fontes de receitas, nomeadamente através da expansão em banca de empresas, negócios e consumo, bem como o “reforço da componente de aconselhamento financeiro” em seguros, fundos e poupança a médio e longo prazo.

Fundos e seguros

Os recursos totais de clientes – de balanço e fora de balanço – cresceram 1,8% no ano para 33.195 milhões de euros. Contudo, o contributo dos recursos fora de balanço foi negativo no ano, com uma contração global de -5,8% o que se configura em -10,2% nos fundos de investimento ( de 5.658 milhões de euros para 5.083 milhões de euros), mas também numa subida ligeira de 0,3% no montante em seguros de capitalização. O objetivo do banco definido no referido plano estratégico passa por um crescimento de 3% nos recursos de clientes, “em particular nos recursos fora do balanço (fundos e seguros)”.

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Segundo o banco, a quota de mercado em fundos de investimento mobiliário (excluindo estruturas PPR) recuou dos 16,4% no final de 2017 para 16,1% no final de outubro de 2018, e em PPR (seguros e fundos mobiliários), de 12,8% para 10,7%. Por outro lado, no segmento de seguros de capitalização, a quota de mercado subiu no mesmo período de 14,3% para 15,2%.

Já no que se refere ao comissionamento, o banco apresentou um crescimento de 5,6% nas comissões totais, sendo que no segmento dos fundos de investimento cresceram 6,6%, para 40 milhões de euros, e no de seguros, 2,7%, para 66,7 milhões de euros.

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