Calendário de implementação do regulamento CSRD

ESG green sustentabilidade
Créditos: Yan Ming (Unsplash)

Seguindo as pisadas do Parlamento Europeu no início deste mês, o Conselho da UE finalizou o processo legislativo com a adoção da Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativa (CSRD). O avanço surge dias depois de o primeiro conjunto de Normas Europeias de Reporte de Sustentabilidade (ESRS), que dão vida ao princípio da dupla materialidade estabelecido pelo CSRD, ter sido finalizado pela EFRAG e submetido à Comissão Europeia para adoção. Para a Associação Europeia de Fundos e Gestoras, esta medida é uma boa notícia para o setor.

O carácter obrigatório das normas europeias de reporte de sustentabilidade é crucial, insiste a EFAMA. A disponibilidade insuficiente de dados ESG constitui um obstáculo fundamental ao aproveitamento de todo o potencial do quadro regulamentar financeiro sustentável da UE. “Como preparadores de informação ao abrigo do Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR), as gestoras de ativos beneficiarão, sem dúvida, de métricas de risco relevantes, comparáveis, fiáveis e públicas das atividades e riscos financeiros das empresas”, prevê.

No entanto, a EFAMA também destaca os restantes desafios. Como vemos no calendário acima, os primeiros relatórios corporativos disponíveis só são esperados a partir de 2025. E a abrangência total para todas as empresas aplicáveis só estará em vigor a partir de 2028. "Portanto, entretanto, a falta crónica de dados corporativos sobre ESG continuará, infelizmente, a ser uma questão que cria incerteza na arena do investimento sustentável”.

“O CSRD é sem dúvida uma peça crucial do puzzle que permitirá às gestoras de ativos continuar a promover investimentos sustentáveis e a cumprir com mais precisão os seus requisitos regulamentares", afirma Tanguy van de Werve. O diretor-geral da EFAMA elogia a Comissão Europeia pela sua proposta inicial e pelos colegisladores para dar prioridade a esta matéria. "No entanto, tendo em conta que a disponibilidade destes relatórios corporativos está escalonada entre 2025 e 2029, o nosso setor terá de recolher os dados ESG entretanto”.