Carteiras de Banca Privada do Santander Portugal crescem 2% no primeiro semestre

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Créditos: Jeremy Bishop (Unsplash)

O Santander em Portugal continuou a apresentar resultados positivos no primeiro semestre do ano. Os números agora revelados pela instituição falam de um resultado líquido de 241,3 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022. Um montante que compara com os 81,4 milhões do período homólogo.

Nas informações dadas pelo Santander em Portugal, é referido que o resultado datado de junho de 2022, "incorpora um encargo extraordinário, no valor de 164,5 milhões de euros (líquido de impostos), registado no primeiro trimestre de 2021, para fazer face ao plano de transformação em curso, com a otimização da rede de agências e investimentos em processos e tecnologia".

Recursos fora de balanço decrescem

Na análise ao balanço e atividade, destaca-se o crescimento dos recursos de clientes. Ascenderam a 47,8 mil milhões de euros, registando um acréscimo de 4,9% face ao final de junho de 2021. Contudo, os recursos fora de balanço não estiveram no mesmo caminho de crescimento. O Santander Portugal registou uma redução de 4,4% nesta rubrica, num contexto que apelidam de "complexo", e "caracterizado por elevada volatilidade, associada, por um lado, ao cenário de guerra em curso, e, por outro, aos riscos inflacionistas e resposta dos bancos centrais em termos de resposta da política monetária".

Fonte: Resultados janeiro a junho de 2022 - Santander Portugal

Como visível acima, junho terminou com os recursos fora de balanço a valerem 7.619 milhões de euros. O decréscimo foi impulsionado tanto pelos fundos de investimento, como pelos seguros e outros recursos, que registaram perdas anuais que rondaram os 4%.

Património gerido em carteiras de private banking cresce

O negócio de Private Banking da instituição também não ficou imune ao cenário descrito no início. Desse modo, explicam que foi necessária "uma ainda maior proximidade aos clientes e acompanhamento mais recorrente de carteiras e posições de clientes".

A verdade é que o património gerido neste segmento cresceu cerca de 2% no semestre, com um crescimento também de 2% em fundos e seguros de mandatos discricionários (sem efeito de mercado).

Em linha com generalidade da indústria de gestão de ativos, a Santander Asset Management teve um semestre "marcado por resgates nos recursos fora de balanço". Rondaram os 64 milhões de euros,
montante inferior a 1% do total da carteira. "Durante este período, a SAM procurou gerir os seus fundos de investimento mobiliário de uma forma ativa, com o objetivo de minimizar as perdas dos seus
participantes", escrevem no documento.

Na área de Seguros Financeiros, a entidade explica que foram promovidos "os produtos diversificados ou mistos, orientados para os diversos segmentos do banco". Esta tipologia de produto, dizem, fechou o semestre com 3.781 milhões de ativos sob gestão, sendo que "o montante de vencimentos foi relativamente reduzido e ascendeu aos 25 milhões de euros".