A instituição dá conta da manutenção de uma política de alienação e redução estrutural de ativos ilíquidos que não se enquadram na política de investimentos em vigor.
A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) apresenta-se como uma ponte entre Portugal e os Estados Unidos da America. É uma instituição que se propõe a levar “os portugueses mais longe, através de bolsas de estudo, prémios, apoios, programas, livros e eventos” e promover “o desenvolvimento de Portugal, dos portugueses e das comunidades luso-descendentes através da cooperação com os Estados Unidos da América.”
As receitas da fundação têm origem, “quase exclusivamente, nos seus investimentos em instrumentos financeiros”, pelo que a gestão da sua carteira de investimentos é de especial relevância. “Como fundação privada e financeiramente independente, o presente e o futuro da FLAD são determinados pela boa gestão do endowment e por uma prática consistente de responsabilidade financeira”.
E apesar de um 2020 volátil e incerto, a instituição dá conta de que “o desempenho da carteira de investimentos foi muito positivo”.
Política de investimento e abordagem
São três os vetores que orientam a gestão da carteira de investimentos da fundação, como indicam no relatório anual de 2020.
- Posicionamento estratégico de longo-prazo - “A carteira de investimentos procura replicar de forma prudente o comportamento e a evolução da economia mundial em agregado, através do investimento nas classes de ativos mais relevantes e representativas – dívida pública e de empresas com elevada qualidade creditícia e mercado global de ações”.
- Extrema diversificação – “A estratégia em vigor pretende replicar o comportamento da economia mundial em agregado, através de uma exposição superior a mais de 10 000 títulos diferentes a nível global”.
- Elevada liquidez e redução de custos - “A carteira de investimentos é composta em grande medida por instrumentos financeiros não complexos, através dos denominados “Fundos Índice /Fundos Passivos”. Os fundos índice utilizados apresentam vantagens relevantes, nomeadamente, serem efetivamente de baixo custo e simultaneamente líquidos, permitindo à FLAD a sua alienação e conversão em dinheiro, praticamente em qualquer momento nas bolsas de valores onde se encontram cotados. Na gestão da carteira procura-se minimizar custos gerais de funcionamento, nomeadamente, os custos de gestão, transação e de custódia”.
Desempenho em 2020
Os ativos da FLAD ascendem a 148,26 milhões de euros e revelam um crescimento de 2,15 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2019 (cerca de 1,5%)
A carteira de investimentos, contribuiu com 805 mil euros para este crescimento, bem como o registo de um saldo (no fecho de 2020) por receber do Fundo Maxirent, no valor de 2,13 milhões de euros, recebido entretanto.
A instituição dá nota de que durante o ano de 2020 manteve-se a “política de alienação e redução estrutural de ativos ilíquidos que não se enquadram na política de investimentos em vigor. A exposição atual da carteira a ativos ilíquidos é residual e pretende-se continuar a sua alienação durante os próximos exercícios”.