O investimento no reforço da estrutura da casa e uma quebra do volume de comissões pesou nos resultados da entidade gestora de Braga, mas os ativos sob gestão saíram reforçados.
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O ano de 2020 foi pela pandemia de COVID-19, mas para a Casa de Investimentos foi o lançamento do seu primeiro fundo que marcou uma efeméride na sua história, o Casa Global Value PPR/OICVM. Como destacado no relatório & contas referente ao exercício passado, “este momento marca de forma relevante o historial da Casa de Investimentos, não apenas pelo notório fortalecimento da sua estrutura e operação, mas também por ter alcançado o objetivo há muito perseguido de expandir os seus serviços à pequena poupança”.
Fica também evidente no relatório as ambições que acompanham este lançamento, nomeadamente a possibilidade de servir “family offices e as suas estruturas de organização patrimonial, bem como clientes institucionais”, sobretudo “a preços sensatos”, dizem da entidade gestora de Braga.
As operações em 2020
A 31 de dezembro de 2020 a Casa de Investimentos indica ativos sob gestão na ordem dos 133,29 milhões de euros, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. Destes, 5,7 milhões de euros diziam respeito ao novo fundo de investimento. Dados de março divulgados pela APFIPP e CMVM respetivamente davam conta de um património gerido de 11,27 milhões de euros no fundo e de 136,9 milhões em gestão discricionária.
“O aumento dos valores sob gestão resultou da abertura de novas contas e do reforço de contas já existentes, refletindo a confiança que o trabalho da Casa de Investimentos colhe junto dos clientes, com uma grande parte mostrando-se disponível para, mesmo num ambiente de elevada volatilidade, reforçar os valores que tem sob a nossa gestão”, indicam da entidade.
As comissões de gestão registaram uma queda de 36,6% face ao ano anterior, explicadas “pelo menor valor de comissões de performance por comparação a um ano de rentabilidade excecional como a registada em 2019”.
Rendimentos de serviços e comissões
Com as rubricas de custos operacionais a registarem um aumento de 14%, “principalmente devido ao crescimento dos custos com pessoal”, por via “do reforço e expansão da sua operação nas áreas de gestão de ativos e back office”, também por via das responsabilidades com o novo fundo, os resultados líquidos acabaram por sofrer uma quebra de 81% para um valor de 151,39 mil euros.
Fica também evidente que a Casa de Investimentos realizou um aumento de capital, por incorporação de reservas e de resultados líquidos do ano de 2019, para os 2 milhões de euros.