Com a compra da totalidade da operação no Brasil ao Banif, o grupo CGD pretende desenvolver a corretagem on-line e estar entre os cinco primeiros operadores naquele mercado, visando ainda um forte crescimento na corretagem para institucionais.
Recentemente, a Caixa adquiriu os restantes 30% da corretora, numa transacção que “tem como principal objectivo a diversificação geográfica de uma actividade que no momento actual está muito concentrada na Europa”, referiu fonte do Caixa BI, à Funds People Portugal, e também o crescimento da banca de investimento em outras geografias.
Um dos principais negócios nesta operação no Brasil é a corretagem on-line, que o grupo CGD pretende continuar a desenvolver, de forma a poder vir “a ocupar de forma consistente um lugar entre os primeiros cinco operadores do mercado”. Na área de corretagem para clientes institucionais, acrescentou a fonte do Caixa BI, “a perspectiva é a de um forte crescimento a partir de melhor prestação de serviços de ‘research’, através da ampliação das coberturas, pretendendo-se cobrir a quase totalidade das empresas que integram o índice Ibovespa”.
Outra das apostas passa pelos produtos derivados, “como forma de incrementar o posicionamento no mercado à vista de acções”, nomeadamente em “opções sobre acções e índices de acções”, instrumentos, salienta a mesma fonte, “com uma importância crescente no mercado de capitais brasileiro”.
Actualmente, a actividade de corretagem da unidade adquirida ao Banif regista “uma ligeira quebra no volume de negócios”, reflectindo a situação geral deste segmento no Brasil, decorrente dos efeitos da crise internacional, “com expressão significativa” na derrapagem do índice Ibovespa.
O grupo CGD pretende inverter a tendência verificada “com uma maior aposta no segmento institucional doméstico e internacional e no mercado de derivados”. Nestes dois segmentos, salienta fonte oficial do Caixa BI, o aumento do volume de negócios nas últimas semanas “é já expressivo, beneficiando do reforço da qualidade de serviço e ainda do reforçar das esquipas”.
Linhas estratégicas
Em termos de estratégia para os próximos tempos, no Brasil, esta vai no “sentido da continuação da aposta no desenvolvimento da operação da banca de investimento”. Neste âmbito, a actividade de corretagem é “um instrumento de grande importância [...], ao permitir um canal de distribuição imprescindível para operações de mercado primário e ainda uma presença forte junto dos principais emitentes”, revelou.
É também “estratégico o relacionamento com as empresas portuguesas presentes no Brasil”, nomeadamente “na área do financiamento directo em mercado”.