Os novos dados económicos revelaram-se preocupantes para a economia chinesa. Será este o início de um surto deflacionário?
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Os dados mais recentes provenientes da economia chinesa não auguram um futuro promissor. O mês de julho trouxe uma queda no consumo interno e uma queda no preço geral dos produtos. A economia chinesa apresentou uma queda de 0,3% (face ao período homólogo) no preço dos seus produtos. Este acontecimento levantou questões imediatas sobre um possível surto deflacionário.
Como sabemos, grande parte do mundo está preocupada com o cenário oposto, ou seja, a presença de uma inflação estrutural nas suas economias. Contudo, é possível fazer alguns paralelismos com a crise deflacionária que assolou o Japão. A maior semelhança é, sem dúvida, a elevada alavancagem presente no setor imobiliário.
Componentes da inflação chinesa
Fonte: Refinitiv, Schroders Economics Group. Dados a 11 de agosto de 2023.
Como podemos constatar no gráfico da semana, o principal responsável pela queda da inflação é o preço dos bens alimentares. Esta tendência não é exclusiva à China, mas sim paralela ao resto do mundo. A queda dos preços dos bens alimentares é parcialmente explicada pelo elevado ponto de partida dos preços dos mesmos. Além disso, esta tendência observada é um dos principais argumentos que apoiam cortes nas taxas de juro dos países emergentes.
Posto isto, os dados recentes podem ainda ser escassos para conseguir prever uma crise deflacionária na economia chinesa. Ainda assim, o gráfico em destaque requer atenção e monitorização regular.