No segundo trimestre deste ano foram lançados cinco fundos, quatro dos quais pertencem à classe de obrigações. Destes cinco lançamentos, consta ainda o primeiro fundo de investimento nacional de criptoativos.
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O segundo trimestre de 2024 foi dinâmico no que toca ao lançamento de fundos mobiliários. Depois de um primeiro trimestre em que quatro novos fundos mobiliários chegaram ao mercado, três dos quais pertencentes à classe de obrigações - dois da Caixa Gestão de Ativos e um da Santander Asset Management - e ainda o Oxy Capital Portugal Liquid Opportunities, um fundo de investimento alternativo da Oxy Capital, hoje damos-lhe conta dos lançamentos de novos fundos mobiliários no segundo trimestre. São cinco os novos fundos - como resume a CMVM nos seus indicadores trimestrais da gestão de ativos e a classe de obrigações continua a dominar.
Fundos de obrigações
Dos cinco fundos mobiliários lançados no segundo trimestre deste ano, quatro pertencem à classe de obrigações. Em abril, a IM Gestão de Ativos lançou o IMGA Portuguese Corporate Debt, um fundo de investimento mobiliário aberto de risco médio-baixo que investe em instrumentos de dívida de emitentes corporate, com um investimento mínimo de 65% em emitentes portugueses. Segue-se o GNB Obrigações 2027, também um fundo de investimento mobiliário aberto de obrigações, lançado em maio e gerido por João Zorro, diretor responsável pela área de Ações e Obrigações da GNB Gestão de Ativos.
Dos fundos lançados neste segundo trimestre consta ainda o Caixa Obrigações Outubro 2025, fundo de investimento mobiliário aberto de obrigações com duração determinada. Tal como o nome do fundo indica, o objetivo principal é proporcionar, no seu vencimento, em outubro de 2025, o reembolso do capital investido, no caso “acrescido de uma potencial valorização acumulada indicativa de 3,60%”. Este produto da Caixa Gestão de Ativos é Artigo 8.º da SFDR, promovendo caraterísticas ambientais ou sociais, e investe numa carteira de obrigações, denominadas em euros, de empresas e governos, com base numa estratégia de buy & hold.
Por fim, foi também lançado no período o Haitong China Bond Fund, fundo de investimento alternativo mobiliário aberto de obrigações chinesas da Haitong Global Asset Management. O produto permite o acesso a uma carteira diversificada de obrigações, “maioritariamente de emitentes chineses, visando obter uma valorização do capital a médio prazo consentânea com o risco normalmente associado a este tipo de ativos”. A carteira deverá investir de forma direta ou indireta, em permanência, um mínimo de 80% em obrigações, maioritariamente em instrumentos de dívida de emitentes chineses ou que sejam garantidos por emitentes chineses.
Primeiro fundo nacional de criptoativos
Dos lançamentos de fundos mobiliários neste segundo trimestre de 2024, consta um particularmente interessante: o 3CC Global Crypto Fund, o primeiro fundo de investimento nacional de criptoativos. Este fundo, da 3 Comma Capital, sociedade de capital de risco focada em investimentos early stage, nomeadamente em projetos baseados em Distributed Ledger Technology (DLT), Web3 e ativos digitais, oferece exposição aos ativos mais representativos desta nova classe. Como explicava à FundsPeopleNuno Serafim, managing partner da gestora, este fundo pretende, “de forma simples e transparente”, proporcionar acesso a este novo prémio de risco, “como se de qualquer fundo de ações ou obrigações com liquidez diária se tratasse”. Acrescentava também que “a convicção da 3CC é de que os criptoativos irão continuarão a oferecer retornos incomparavelmente superiores a qualquer outra classe de ativos à medida que aumente a taxa de adoção da tecnologia e que isso se reflita na alocação dos investidores”.