Conclusões sobre 2019, mas também projeções para 2020: é o que o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros traça no seu último relatório de atividades, onde há espaço concreto para a atividade dos fundos de investimento.
O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) apresentou o relatório de atividades de 2019, e nele estão patentes algumas conclusões redigidas pelos membros que o constituem: o Banco de Portugal, a CMVM e a ASF.
No âmbito do mercado de valores mobiliários nacional, os fundos de investimento, à semelhança da gestão individual de carteiras, diz o documento, “continuaram em 2019 a privilegiar o investimento em dívida com maior duração modificada”. Acrescentam que tanto os produtos como o serviço referido têm “revelado uma disposição crescente para investir em títulos com menor notação de risco”. Um comportamento que a entidade apelida de à “escala global”, e que, recordam, “teve implicações ao nível da liquidez dos fundos e à sua capacidade de resposta a pedidos de resgate, podendo ter efeitos significativos sobre a estabilidade financeira, em particular perante um evento de sell-off de ativos, decorrente de uma inversão das condições de mercado”.
Ainda no plano dos fundos de investimento, a entidade deixa outro aviso: “a cobrança de comissões sobre os depósitos bancários que aqueles detenham em carteira é suscetível de ter impacto negativo na rendibilidade dos fundos”.
As consequências das baixas taxas de juro, contam, chegaram também ao sector segurador e dos fundos de pensões no ano passado. O CNSF escreve que neste âmbito “os efeitos da persistência das baixas taxas de juro foram sentidos na avaliação em alta das responsabilidades dos seguros com perfis de longo prazo, com a consequente redução dos fundos próprios disponíveis, bem como sobre o modelo de negócio do ramo Vida”. A produção global nesse segmento, indicam, diminuiu.
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