São abordagens diferentes as utilizadas pela Morningstar e pela APFIPP par classificar o seu universo de fundos. Neste artigo explicamos a metodologia por trás de ambas as classificações.
As classificações de fundos no mercado nacional fazem-se, principalmente, via dois provedores de informação. De um lado, a categoria Morningstar, utilizada regularmente nos nossos artigos e análises, do outro lado, a categoria APFIPP, classificação atribuída pela Associação Portuguesa De Fundos De Investimento, Pensões e Património.
Categoria APFIPP
A Categoria APFIPP é decidida por um comité constituído por três elementos efetivos e um elemento suplente, cada um em representação de uma entidade gestora, associada à APFIPP. Este tem por missão classificar os novos produtos e analisar, trimestralmente, os desvios detetados nos fundos classificados face aos critérios de classificação estabelecidos.
A classificação inicial de cada fundo baseia-se nas caraterísticas descritas no prospeto, no segmento da política de investimentos. No caso de não ser possível estabelecer, inequivocamente, a Categoria APFIPP do fundo, questiona-se a entidade gestora sobre a categoria a considerar.
No primeiro mês de cada trimestre é analisada, para cada um dos fundos domiciliados em Portugal, a composição das carteiras de final dos três meses do trimestre anterior, para verificar o cumprimento dos critérios da Categoria APFIPP onde o fundo se insere. Importa destacar que é analisada a carteira de cada um dos meses individualmente. Deste modo, não serão consideradas médias, devendo cada fundo cumprir os critérios da Categoria APFIPP em que se insere, em cada um dos meses.
Sobre esta classificação importa ainda destacar um ponto. A classificação atribuída aos Planos de Poupança Reforma não é abrangida pela metodologia acima mencionada. Estes são classificados segundo o invólucro do veículo - PPR - e, a seguir, é atribuído um nível de risco.
Categoria Morningstar
A Categoria Morningstar é atribuída pela vasta equipa de analistas da provedora de informação sobre fundos de investimento, recorrendo também a um modelo de machine learning que se baseia em toda a informação disponível e às decisões previamente tomadas pelos analistas. Cada categoria visa agrupar os fundos em grupos com base nas suas posições. Desta forma, pretende-se que os fundos dentro de cada categoria invistam em instrumentos semelhantes, partilhem os mesmos fatores de risco e contem com alguma correlação. A atribuição de categoria a cada fundo tem por base os indicadores financeiros e a composição da sua carteira nos últimos três anos. É utilizada a média de alocação da carteira.
As categorias utilizadas devem ser distintas o suficiente para acrescentar valor aos investidores, devem ter um número considerável de fundos e, por fim, devem apresentar pouca correlação entre si no longo prazo. A Morningstar revê semestralmente a estrutura das categorias, para assegurar que ainda se adequam às necessidades dos investidores, e os fundos inseridos dentro de cada uma.
Pode consultar ambas as classificações atribuídas aos fundos com ADN nacional na seguinte tabela.