O peso dos fundos de investimento nas carteiras PPR tem subido em todos os segmentos, mas é muito mais marcado num segmento em particular.
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Num recente artigo publicado pela FundsPeople víamos que duas das três categorias de PPR (fundos de pensões e fundos mobiliários) têm registado uma evolução impressionante ao longo dos últimos anos, deixando evidente o quanto um benefício fiscal pode ser um incentivo à poupança a longo prazo.
Víamos também que, apesar da evolução negativa, o setor segurador agregava ainda cerca de três quartos do mercado de PPR, o que tem um impacto na interpretação da alocação média das carteiras PPR. "Desta forma, a carteira global de investimentos dos PPR continua a apresentar uma distribuição mais próxima da observada para a quota-parte gerida pelas empresas de seguros para o conjunto de PPR sob a forma de seguros de Vida", comentava a ASF no Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2021.
A alocação das diferentes carteiras PPR
Tendo isto em consideração estes últimos anos, vemos que a alocação média das carteiras PPR apresenta duas variações relevantes. Por um lado, um decréscimo da exposição a títulos de dívida. Por outro lado, e em contrapartida, um aumento da representatividade das unidades de participação em fundos de investimento. "Esta evolução foi transversal às carteiras de investimento de todos os tipos de veículo, notando-se que, no caso dos fundos de pensões PPR, a concentração da carteira em torno desta categoria de ativos é bastante elevada", indica a ASF.
O peso dos fundos de investimento nas carteiras PPR, tem, de facto, subido em todos os segmentos. É, no entanto, marcante a ponderação no universo dos fundos de pensões, onde ultrapassa os 50%, por oposição aos seguros PPR, onde pouco ultrapassa dos 10%. Não obstante, o que vimos entre 2020 e 2021 foi um crescimento de 3,6 pontos percentuais da alocação a estes veículos de investimento no universo segurador.