No âmbito do último Investor Relations & Governance Awards da Deloitte, Luís Magalhães falou-nos desta iniciativa que premeia a qualidade na área financeira.
Há 26 anos que o Investor Relations & Governance Awards da Deloitte é levado a cabo com o objetivo de premiar o que de melhor se faz no mercado financeiro português. Luís Magalhães, Managing Partner da Deloitte, refere que “o grande foco desta iniciativa é o conhecimento das melhores práticas, entre as organizações cotadas, no que diz respeito às relações com os investidores e aos modelos de Corporate Governance”.
Para Luís Magalhães os valores que norteiam a iniciativa resumem-se a: “transparência, veracidade e rigor nas relações com os investidores e com o mercado”. Acresenta ainda que “as boas práticas de governo societário e a qualidade na relação das empresas com os seus stakeholders são factores críticos de sucesso para a geração de confiança no mercado de capitais e, consequentemente, contribuem para uma maior eficiência no seu financiamento”.
O Managing Partner da Deloitte aponta o setor financeiro como sendo aquele que “recebe” mais protagonismo, pelo facto da iniciativa se centrar nas relações com investidores. “Este sector tem sido indutor e receptor de estímulos que influenciam todo o mercado, em particular as empresas cotadas na bolsa, as mesmas a quem esta iniciativa se dirige”, refere, acrescentando que “o nível de exigência das elites económicas nacionais está a ser extravasado continuamente”.
Luís Magalhães explica que isso acontece porque por um lado há “uma necessidade de viver com a volatilidade da conjuntura actual, transformando-a numa oportunidade de fazer mais e melhor”, e por outro porque “são estas as empresas que mais contribuem para o PIB nacional e que, por consequência, estão comprometidas de forma mais profunda com o crescimento, o emprego e o desenvolvimento de Portugal”.
Prémios segmentados?
Apesar do IRGA se apresentar como uma entrega de prémios que valoriza a performance global do setor, Luís Magalhães explica que “existem sempre áreas ou organizações, por vezes mais específicas, que por algum motivo tiveram em determinado momento um papel que as evidenciou”. Para que estas distinções pontuais possam ser feitas “existe no regulamento da iniciativa a figura do Prémio Especial, e cabe ao Júri a decisão sobre a pertinência e atribuição do mesmo”, refere.
Com um foco nas empresas cotadas na Euronext Lisbon, o representante da Deloitte considera que o eixo condutor deve continuar a ser este já que “há outras geografias com iniciativas semelhantes de reconhecimento das melhores práticas”, distinguindo no universo dos PALOPs um projecto da Deloitte em Angola, que são os prémios Sirius.
(Entrevista com Luis Magalhães na terceira revista Funds People Portugal já em distribuição)