Continuando a saga pelo país do Tio Sam, vale a pena também perceber como se têm saído os fundos de ações norte-americanas. Estarão a seguir a tendência de subida do mercado acionista respetivo?
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Os últimos doze meses têm sido marcados por inúmeros episódios nos Estados Unidos, estando a eleição de Donald Trump, e todas as suas ações daí em diante, em grande destaque. Algumas das promessas eleitorais parecem ainda não passar disso, enquanto que outras mais controversas têm vindo a ser implementadas. O S&P 500, por exemplo, depois de alguma incerteza associada à eleição de Trump, estabilizou e tem vindo a atingir máximos históricos. Dito isto, de que forma se comportaram os fundos de ações norte-americanas no último ano?
São seis os fundos que compõem a categoria de Fundos de Ações América do Norte da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), sendo que desses seis, apenas dois pertencem à mesma entidade. Esta é uma categoria que engloba fundos que investem “mais de 80% da carteira em ações emitidas por empresas da América do Norte (E.U.A. e Canadá), sendo mais de 75% dos ativos denominados nas divisas destes países”.
Olhando para os dados APFIPP de 2 de junho, o destaque é atribuído ao fundo da responsabilidade da Caixagest, o Caixagest Acções EUA. Com uma rentabilidade de 19,45%, este foi o produto com melhor desempenho nos últimos doze meses. Segundo a Morningstar, o produto investe maioritariamente em empresas de grande e muito grande capitalização, sendo que no final de abril detinha um volume sob gestão superior a 98 milhões de euros. As suas três maiores posições, no mesmo período, eram a UnitedHealth Group, Boeing e The Home Depot, sendo que os sectores com mais preponderância na carteira do produto são o industrial e o financeiro – juntos representam cerca de 40% do total do portefólio.
O segundo melhor desempenho pertence ao Santander Acções América, que regista uma rentabilidade de 18,88% nos últimos doze meses. Segundo a ficha de abril, o produto gerido por Luis Beamonte detém um volume sob gestão de 52 milhões de euros e no mês em questão beneficiou, segundo o gestor, “de um desempenho positivo do mercado acionista norte-americano”, mês que acabou por ser “positivo para os ativos de maior risco”. À semelhança do produto anterior, o fundo da responsabilidade da Santander Asset Management apresenta uma exposição combinada de mais de 40% aos sectores financeiro e industrial.
A fechar o top 3 surge o produto de ações norte-americanas da GNB Gestão de Ativos. Nos últimos doze meses apresenta ganhos de 17,36%, sendo o terceiro produto com melhor desempenho. Na ficha de maio, Fátima Só, gestora do fundo, destacava o bom comportamento do S&P 500, que atingiu novos máximos no mês em questão. O bom desempenho do fundo deveu-se, segundo a gestora, “à exposição a empresas de tecnologia e ao turismo”. Quanto à exposição sectorial, no final de maio os sectores com maior preponderância eram o de consumo cíclico e o de tecnologia.
Importa destacar que são dois os fundos da responsabilidade da BPI Gestão de Activos, e que ainda que os dois invistam de forma global no mesmo tipo de ativos, têm políticas de investimento diferentes. O BPI América – Categoria D “investe em ações cotadas em dólares sem proteção cambial, pelo que a rentabilidade do fundo é afectada positiva ou negativamente pela evolução do dólar face ao euro”, enquanto que o BPI – Categoria E “investe em ações cotadas em dólares com proteção cambial”.
Assim, o quarto lugar pertence ao BPI América – Categoria D, que apresenta uma rentabilidade de 15,86% no período em questão. O produto da responsabilidade da BPI Gestão de Activos detém um volume sob gestão de 17.2 milhões de euros e, segundo a ficha de maio, os setores de consumo-não cíclico e financeiro representavam mais de 44% do total da exposição sectorial do fundo.
No quinto lugar surge o IMGA Ações América com uma rentabilidade de 14,83% nos últimos doze meses. O produto gerido pela IM Gestão de Ativos apresenta um volume de ativos sob gestão superior a 7 milhões de euros e, segundo a ficha de abril, nas suas três principais posições surgiam empresas como a Alphabet, Facebook e a Microsoft. A exposição a estas empresas revela, também, a sua exposição sectorial, uma vez que, segundo a mesma fonte, o sector de consumo não-cíclico e o de telecomunicações representavam 23,1% e 18,9%, respetivamente.
Por fim, destaque para o segundo produto da BPI Gestão de Activos, o BPI América – Categoria E, que apresenta uma rentabilidade de 14,27% no período em questão.
Fonte: APFIPP, 2 de junho de 2017