Os ‘exchange traded funds’ (ETFs) têm vindo a conquistar os investidores portugueses e, nos ‘supermercados’ de fundos, a tendência é evidente e justificada nomeadamente pela facilidade de negociação e em mercados regulamentados.
“É um activo que tem vindo a ter maior expressividade nos volumes negociados pelos clientes”, refere Rui Broega, director da gestão de activos do Banco BiG, à Funds People Portugal. A contribuir para tal “estão factores relacionados com custos, flexibilidade na negociação”, sublinha.
Estes são, igualmente, mencionados por Diogo Serras Lopes, director de investimentos do Banco Best, onde os ETFs “continuam a ser uma parte relevante”, tanto da oferta como do património dos clientes. Em 2012, o volume de negociação destes tipo de produto no Best“ apresenta um crescimento próximo de 50% face ao ano transacto, o que demonstra a apetência dos investidores por este tipo de activo”, salienta.
Como razões para tal, Diogo Serras Lopes destaca a “versatilidade que oferecem, por serem negociados em mercado regulamentado, tipicamente seguirem de forma fiel um determinado ‘benchmark'" e ainda a “variedade de opções de investimento características destes instrumentos”; factores que fazem com que esta componente da oferta “seja bastante atractiva, tanto para estratégias mais vocacionadas para o ‘trading’ como para estratégias de investimento com um prazo mais alargado”, acrescenta.
No ActivoBank, genericamente, a procura de ETFs pelos investidores “é maior nos ETFs alavancados (‘long’ e ‘short’), numa perspectiva de ‘trading’, muitas vezes ‘intraday’”, refere a instituição financeira, em declarações à Funds People Portugal. Como solução de investimento de longo prazo, “os clientes continuam a preferir o investimento clássico em fundos de investimento, capitalizando na gestão activa que os caracteriza”.