Cristian Balteo voltou a dar a cara pela entidade durante um pequeno-almoço em Lisboa cujo o tema principal foi o Nordea 1 – Stable Return Fund , um produto que apesar dos fracos resultados de 2018, em 2019 já conseguiu ultrapassar esse mau momento.
Foi no primeiro dia de outubro que a Nordea Asset Management realizou em Lisboa um pequeno almoço saudável ao estilo nórdico que tão bem caracteriza a gestora. Cristian Balteo, diretor de vendas, deu uma vez mais a cara pela entidade e abordou o cenário económico global e os investimentos que podem ser adequados ao portefólio dos investidores numa fase tardia do ciclo económico. O Nordea 1 – Stable Return Fund, um produto que conta com duplo selo Funds People pela sua classificação A de favorito dos analistas e B de Blockbuster, e o Nordea 1 - Global Listed Infrastructure Fund, um produto lançado há apenas seis meses, também estiveram na ordem do dia.
“Muitos dos nossos concorrentes gerem portefólios que são uma junção de uma abordagem top-down com uma abordagem bottom-up”, começa por dizer Cristian Balteo. O profissional da Nordea explica que- top-down significa que um gestor de portefólio, ou um diretor de investimentos, ou mesmo um comité, se reúne periodicamente e tenta estimar em que parte do ciclo económico estamos e, posteriormente, chega a um acordo sobre o que caracteriza o momento económico e tenta refletir essas ideais no portefólio.
“Infelizmente não somos muito bons a jogar o jogo de estimativas. Em vez disso, o que achamos que somos bons a fazer e o que nos sentimos mais confortáveis a fazer no portefólio do Nordea 1 – Stable Return Fund é tentar vencer os portefólios que tentam jogar o jogo deste gráfico (ver gráfico 1), que é o que chamamos o equilíbrio de risco”, confessa Cristian Balteo.
O diretor de vendas da entidade, esclarece que equilíbrio de risco significa que tentam superar os portefólios, matendo-se estruturalmente equilibrados entre as suas contribuições de risco. Metade do risco virá de prémios de risco pro-cíclicos que se saem bem quando a economia está a ir bem. “Normalmente, isso trata-se de equity beta, portanto, sensibilidade aos mercados de ações”, continua o profissional.
Cristian Balteo confessa que não quer metade da exposição, mas metade do risco a provir daquilo a que chamam “prémios de risco diversificados”. “É anti-cíclico, mas protegerá muito bem o portefólio quando o mercado estiver mal. Se formos bons o suficiente a jogar este jogo de equilíbrio de risco, devemos conseguir obter retornos positivos”, conta. O profissional assume que 2018 foi um ano fraco mas em 2019 “voltaram em força”. “Desde o início do ano o fundo subiu mais de 7% na sua classe de private banking com referência ao final de setembro. Já compensámos o que perdemos no ano passado e estamos a caminho de entregar um forte desempenho também no futuro”.
Apesar de ainda não terem disponíveis os dados relativos a setembro, o profissional confessa que os valores não diferem muito de agosto, no entanto, a duração aumentou um pouco passando de 0,9 anos para 1,1. A exposição líquida a ações situou-se em 43% em vez de 45% e a equity beta estava ligeiramente mais baixa nos 0,29%.
Investir em infraestruturas
O Nordea 1 - Global Listed Infrastructure Fund foi lançado há apenas seis meses e, como o próprio nome indica, investe em empresas de infra-estruturas. O fundo é gerido pela CBRE Clarion Securities, uma empresa que gere este tipo de estratégias desde 2012.
“As infraestruturas globais têm uma procura consistente, cash flows definidos e um crescimento previsível”. O profissional explica que normalmente quando pensamos em infraestruturas o que nos vem à cabeça são auto-estradas, aeroportos, utilities, etc., mas cada vez mais temos de pensar em satélites, torres, centros de dados e redes de fibra. “É um universo muito diversificado de empresas”.
“Esta é uma classe de ativos defensiva com muito potencial. É uma oportunidade de investimento já que por estarmos numa fase final do ciclo económico pode aumentar o retorno do portefólio”, concluiu.