A seguradora OneLife encetou recentemente um maior compromisso com o mercado nacional. Profissionais da entidade, em entrevista à FundsPeople, explicam as vantagens dos seguros de vida como alternativa aos instrumentos de investimento mais tradicionais.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
A OneLife é uma empresa luxemburguesa especialista em seguros de vida, com mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de soluções de planeamento financeiro transfronteiriço, para clientes com património na Europa e América Latina.
Quando se fala em soluções de planeamento financeiro, a maior parte das pessoas não pensa imediatamente em seguros de vida, embora um seguro de vida constitua uma alternativa válida aos investimentos tradicionais ou, pelo menos, um complemento ideal, uma vez que oferece uma vasta escolha de possibilidades de investimento (gestão coletiva ou individual), inclusive dentro do mesmo seguro de vida.
Como explica António Sousa e Menezes, agent da OneLife em Portugal, no âmbito da gestão coletiva, são duas as opções para o cliente. “O cliente pode escolher entre os fundos externos (EF, em inglês) e os fundos coletivos internos (ICF, em inglês), que são criados exclusivamente para os clientes da companhia de seguros de vida”. No caso da gestão individual, por seu lado, “o fundo interno dedicado (IDF em inglês) é criado especificamente para o cliente, com uma gestão personalizada em função do perfil de risco e dos ativos (o segurado escolhe a gestora de ativos e o banco depositário)”. O fundo de seguro especializado (SIF) também está disponível, quer com um consultor de gestão à sua escolha (Advisory SIF), explicam, quer com os investimentos detidos até ao vencimento no banco depositário escolhido (Buy & Hold SIF), permitindo uma maior liberdade de gestão. “Por conseguinte, não surpreende que as empresas de consultoria financeira, os family offices, os private bankers e os wealth managers recomendem cada vez mais este produto a um leque muito vasto de clientes, uma vez que é totalmente personalizável”, explicam da entidade.
As situações em que o uso destes produtos faz sentido são, portanto, várias. "Temos clientes que são mais propensos a investir em produtos de risco como, por exemplo, hedge funds num Fundo Interno Dedicado ou ativos não cotados, mas também um profissional que é expatriado devido ao seu trabalho e tira partido das caraterísticas de portabilidade de uma apólice, ou avós que pretendem transmitir o seu património aos netos a longo prazo, mas que não querem renunciar imediatamente ao seu controlo, por exemplo”, diz Luis de la Infiesta, diretor da OneLife para a Península Ibérica e América Latina. Outra possibilidade, explica o profissional, “são membros de uma família (por exemplo, os irmãos ou os pais para os seus filhos) que pretendem ter um fundo dedicado com a mesma estratégia de investimento, o que é possível com o chamado fundo guarda-chuva (umbrella, em inglês)”, diz.
A grande flexibilidade no planeamento de heranças é outra das vantagens do seguro de vida. “A mudança de beneficiário é possível em qualquer altura, sem necessidade de autenticação notarial, e o beneficiário nem precisa de ser um herdeiro legal”, explica, enfatizando que “o seguro de vida é, portanto, o único veículo de investimento que permite uma transmissão de património precisa e direcionada, seja por doação (em Vida) ou por sucessão (mortis causa), de forma semelhante aos trusts, mas de forma muito mais simples e versátil”.
O seguro de vida pode também servir como ferramenta de financiamento para os clientes. "Podemos oferecer soluções de crédito que lhes permitam utilizar a sua apólice de seguro de vida como garantia de um empréstimo bancário”, explica Gonzalo García Pérez, Wealth Structuring manager da OneLife para a Península Ibérica e América Latina. “A vantagem desta fórmula é o facto de os clientes poderem continuar a aumentar o seu património transferível de acordo com os seus objetivos, ao mesmo tempo que constituem as garantias necessárias para a realização do seu projeto, quer se trate de financiar a compra de um imóvel, garantir um empréstimo contraído por um herdeiro ou oferecer uma garantia para os investimentos realizados pela sua empresa".
Proteção do investidor
Além disso, o seguro de vida oferece vantagens de segurança inegáveis. “Os ativos do segurado estão protegidos contra eventuais reclamações de qualquer credor, uma vez que os direitos de resgate, de pedido de pré-pagamento ou de penhor da apólice pertencem exclusivamente ao segurado”. A isto acresce o enquadramento luxemburguês, “que combina a experiência internacional, a proteção e a agilidade, pelas quais o setor luxemburguês de seguros de vida é reconhecido em toda a Europa, tornando os contratos luxemburgueses indiscutivelmente ainda mais interessantes do que os seus homólogos portugueses”.
Outra das valências da entidade é a capacidade para integrarem ativos não tradicionais nas apólices de seguros de vida. Podem ser integrados “private equity, bens imobiliários e de titularização”, diz Gonzalo García Pérez.
Compromisso com Portugal
Para intensificar ainda mais as suas atividades e aumentar a sua quota de mercado em Portugal, a OneLife celebrou uma parceria com o profissional António Sousa e Menezes no final de 2022. "Com cerca de 20 anos de experiência em private banking e wealth management, a missão de António é expandir ainda mais a nossa rede em Portugal e servir ainda melhor os nossos clientes, com soluções personalizadas que os ajudem a estruturar e transferir o seu património", afirma José Manuel Tara, country manager da OneLife para a Península Ibérica e América Latina.