O Instituto BBVA de Pensões apresentou os resultados da VI Sondagem Instituto BBVA de Pensões - "Longevidade e os Desafios da Poupança Após a Reforma” que decorreu durante uma conferência na manhã desta quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Este estudo pretendia oferecer uma perspetiva global sobre o nível de conhecimento, as opiniões, as atitudes e os comportamentos da população portuguesa cuja idade é igual ou superior a 60 anos, no que diz respeito às pensões.
94% dos pensionistas acha a pensão desajustada
Dos 1.000 pensionistas inquiridos neste estudo, 94% julga que a pensão que recebe mensalmente é desajustada, sendo que a média das pensões destes cidadãos se fixa nos 605€. Em média o valor que auferiam antes de se reformarem era de 974€.
Quanto à idade da reforma mais de metade dos pensionistas concorda com a sua idade de aposentação. No entanto, 11% gostaria de se ter reformado mais cedo e 31% mais tarde.
A poupança antes da reforma
O estudo do Instituto BBVA pensões revela que apenas 11% dos inquiridos afirma que teria começado a poupar para a velhice se soubesse com antecedência o valor que iria receber. A larga maioria (83%) dos inquiridos só ficou a saber qual seria o valor da sua reforma menos de seis antes de efetivamente se reformarem.
Das pessoas que revelaram ter começado a poupar antes da reforma, seis em cada dez afirma que o fizeram através de depósitos bancários.
Além disso, 35% das pessoas que escolheram um plano de pensões empresa ou individual ainda não reembolsaram a poupança, enquanto que 42% já reembolsou a totalidade sob a forma de capital.
A hegemonia dos depósitos
O meio favorito de poupança, como visível no gráfico abaixo, são os depósitos bancários. Apenas 35% dos inquiridos aponta os PPR como meio de poupança, enquanto que o uso de fundos de investimento para este efeito apenas recolhe 5% dos inquiridos.