Dezembro fecha com vários ETF mais defensivos na lista de mais negociados

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Dezembro parece ter refletido aquilo que foi o contexto do ano de 2018, com a volatilidade a ser novamente uma dor de cabeça para os investidores. Neste contexto, os investidores do ActivoBank e do Banco Best parecem ter mantido a aposta por ETF de ações, ainda que tenham também procurado alguma proteção através da entrada em ETF de obrigações.

No que respeita aos clientes do ActivoBank, Bruno Pinhão afirma que estes recorreram “a uma diversidade de estratégias para tentar tirar proveito de um mês que se revelou bastante negativo para a globalidade dos índices acionistas”. Assim, no decorrer do último mês do ano verificou-se a adoção de estratégias mais defensivas “por via de ETF que tiram proveito da valorização do sector obrigacionista”, com três ETF desta classe de ativos entre os mais subscritos.

Não obstante, e apesar da queda dos principais índices, os investidores deram preferência a ETF expostos a índices, sendo que “por aqui se depreende que as estratégias intraday foram tidas em conta, com vista a obter ganhos”, detalha Bruno Pinhão. Por outro lado, “num mês em que a volatilidade foi uma das palavras de ordem, a presença de um ETF sobre o VIX entre os mais transacionados não causa estranheza”, destaca o profissional.

As preferências dos clientes do Banco Best

Já do lado dos investidores do Banco Best a lista de ETF mais negociados volta a apresentar uma maior preferência por ETF de ações, com a presença de apenas duas estratégias de obrigações no top. Sobre estes ativos de menor risco, Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos, revela que a preferência recaiu sob um índice de obrigações dos mercados emergentes, o ETF iShares J.P. Morgan $ EM Bond EUR Hedged UCITS ETF (Dist), “que tem distribuição de rendimentos e faz cobertura cambial entre o USD e o Euro”, detalha. A segunda estratégia foi o Vanguard Total Bond Market Index Fund ETF Shares, com os investidores a procurarem “investir num índice que pretende representar todo o mercado obrigacionista”.

Sobre os ETF que replicam índices de ações, o destaque do mês parece ir para o ComStage ShortDAX ® UCITS ETF EUR, estratégia que “replica o DAX mas de forma inversa, ou seja, valoriza quando o mercado de ações alemão DAX desvaloriza”. O mercado europeu foi um dos mercados mais procurados pelos investidores da entidade, com as preferências a dividirem-se por um sector em específico – o das seguradoras –, com o iShares STOXX Europe 600 Insurance UCITS ETF. Para além deste, os investidores procuraram exposição a países como Portugal e Suécia, com os ComStage PSI 20® UCITS ETF e iShares MSCI Sweden Capped ETF, e ainda às 50 maiores empresas cotadas da Europa, com o EURO STOXX 50 UCITS ETF EUR (Dist).

Por último, os mercados emergentes foram um tema que voltou a surgir na lista de ETF mais negociados, com a presença do iShares MSCI Emerging Markets ETF, “bem como o tema global e genérico,  com os ETFs Vanguard Total World Stock Index Fund ETF Shares e iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR”, conclui Rui Castro Pacheco.