Os depósitos bancários e as contas remuneradas regressaram. E os banqueiros privados e consultores financeiros têm pela frente uma importante tarefa pedagógica. Porque estes veículos não servem para preservar o capital dos clientes que se sentirão tentados a utilizá-los.
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Os depósitos bancários e as contas remuneradas regressaram. Após anos de taxas de juro zero, em que estes produtos desapareceram como alternativa para os investidores/aforradores, as entidades estão a comercializá-los de novo. Os banqueiros privados e consultores financeiros têm pela frente uma importante tarefa pedagógica. Porque estes produtos não são uma boa opção de investimento se o cliente estiver à procura de preservação de capital. Ou seja: superar a inflação.
Pelo menos é o que se pode deduzir de dois gráficos apresentados pela J.P. Morgan Asset Management no seu último Guide to the Markets. No primeiro, a gestora indica qual seria a rentabilidade gerada por 100.000 euros colocados num depósito bancário a três meses. O valor seria de cerca de 500 euros. No entanto, esta quantidade estaria muito longe dos 8.000 euros necessários para que o cliente não perca poder de compra como consequência do aumento dos preços.
É uma situação muito diferente da que encontrávamos há pouco mais de 20 anos, quando o investimento em depósitos servia como proteção contra a inflação, embora a longo prazo esteja demonstrado que o depósito não é a melhor ferramenta para o conseguir. No segundo gráfico, a empresa americana analisa qual seria o efeito de uma inflação de 2% sobre o poder de compra de 100.000 euros se o cliente tivesse esse dinheiro permanentemente colocado nesses veículos. O efeito é demolidor.