Os investidores do ActivoBank e do Banco Best parecem ter optado por estratégias distintas, ainda que os mercados emergentes e americano sejam um elemento comum entre as listas das duas entidades.
O décimo primeiro mês do ano ficou marcado pela diversidade apresentada pela lista de ETF mais subscritos, tanto do lado dos clientes do ActivoBank, como do lado dos clientes do Banco Best. Começando pelos primeiros, a preferência parece ter recaído sobre produtos “direcionados para as valorizações do mercado, com metade das preferências a irem para os principais índices, destacando-se o americano”, revela Bruno Pinhão.
Apesar do mês negativo registado pelo sector tecnológico, os clientes da entidade optaram por entrar em estratégias “que tiram partido da valorização do sector”, sendo que, na opinião de Bruno Pinhão, “a volatilidade sentida no mercado poderá ter sido o catalisador para que os investidores arriscassem, por via da adoção de uma estratégia de curto prazo ou intraday”.
Outro dos destaques do mês é a presença de um ETF que segue os mercados emergentes, “esta que foi uma das geografias que mais valorizou no mês de novembro”, aponta o profissional. Nota, ainda, para a presença de um ETF sobre o mercado chinês, algo que Bruno Pinhão acredita que possa estar relacionado com o facto da guerra comercial aparentar entrar na sua fase final.
Duas entradas “menos esperadas” no Banco Best
Do lado dos clientes do Banco Best as preferências mantiveram-se por ETF que seguem índices acionistas, embora na lista marquem também presença dois fundos com um foco distinto – o mercado obrigacionista e das commodities.
Quanto ao primeiro, falamos do iShares $ Treasury Bond 3-7yr UCITS ETF USD (Acc) USD, “uma alternativa de investimento considerada de refúgio ainda que aqui possa existir o risco cambial para os investidores com base EUR”, detalha Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos da entidade. Quanto ao segundo, a procura recaiu sobre uma commodity em particular, o ouro, “que é também considerado um ativo de refúgio”, com o db Physical Gold Euro Hedged ETC.
Passando para os ETF que seguem índices de ações, Rui Castro Pacheco começa por destacar a presença do iShares MSCI South Africa UCITS ETF USD (Acc) GBP e do iShares MSCI Sweden Capped ETF. Para o profissional, a procura por ações da África do Sul e da Suécia são “duas entradas eventualmente menos esperadas”.
O mercado europeu voltou a constar entre os ETF mais subscritos, não só com uma procura por um índice mais geral (o Euro Stoxx 50), mas também por mercados específicos. Assim, sobre o índice das 50 maiores empresas da zona euro, Rui Castro Pacheco destaca o facto “de alguns investidores optarem pela versão de acumulação, com o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (DE), enquanto que outros optaram pela versão de distribuição, com o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF EUR (Dist)”. Já sobre os mercados europeus em específico, a preferência recaiu sobre o mercado alemão, com o iShares Core DAX® UCITS ETF (DE), e o mercado espanhol, com o Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF.
A nível mundial, os investidores optaram pelo índice mais global e generalista do mercado acionista, transacionando o iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR. O mercado norte-americano voltou a ser uma das preferências dos clientes da entidade, desta feita com o índice que segue as 500 maiores empresas americanas, mas com proteção cambial entre o euro e o USD, com o iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR.