DWS responde às acusações de greenwashing: “Rejeitamos firmemente as acusações feitas por um antigo empregado”

verde ESG noticia
Créditos: Alyani Yang (Unsplash)

A gestora DWS viu nos últimos dias as suas ações passaram dos 41 euros para os 35, menos 60%, após ser publicado em vários meios de comunicação como o Wall Street Journal ou a Bloomberg que tanto a SEC americana como o regulador do mercado alemão, Bafin, estão a investigar a gestora de fundos perante acusações de que terá etiquetado de forma errónea os seus fundos sustentáveis.

Estas acusações provêm das denúncias de Desiree Fixler, que era responsável de investimento sustentável da DWS. A gestora quis dar resposta a estas acusações através de um comunicado. “Rejeitamos firmemente as acusações feitas por um antigo funcionário. Na DWS vamos continuar a ser um defensor e promotor do investimento ESG como parte da nossa responsabilidade fiduciária em representação dos nossos clientes”, afirma.

No comunicado sublinha também a longa trajetória em investimento sustentável com a qual conta a gestora e como prova disso destaca que consideram o ESG “como a pedra angular da nossa estratégia corporativa, com o objetivo de nos tornarmos líderes na gestão de ativos sustentável, já que consideramos que os critérios ESG serão a base indispensável para operar em toda a indústria.

Como é o processo

Além disso, explicam o processo através do qual aplicam ESG nas suas estratégias. Em concreto, diferenciam entre “ativos que integram aspetos ESG (ESG Integrated AuM)” e “ativos dedicados a ESG (“ESG Dedicated”)” no momento de informar sobre os ativos sob gestão no seu Relatório Anual 2020, cujo conteúdo ratificam também no comunicado. “Na página 90 do relatório, a DWS considera estratégias que integram ESG quando menos de 90% da carteira engloba dados ESG (o SynRating global). Os ativos ESG integrados não são considerados parte dos ativos denominados como ESG dedicados”, especificam.

No seu relatório mais recente, com carácter semestral e publicado em julho, reportaram um total de 70.100 milhões de euros de ativos ESG dedicados após aplicar a sua metodologia ESG seguindo os princípios SFDR, o novo Regulamento sobre investimentos sustentáveis. A esses, dizem, somam-se os 16.400 milhões de euros em ativos ilíquidos considerados como ativos individuais verdes e que fazem parte de carteiras não classificadas como ESG.