Entre relvados e outros palcos (Marta Reis)
Primeiras horas de segunda-feira em Lisboa, domingo em New Orleans, dia do maior espectáculo desportivo dos Estados Unidos, mas que ganha dimensão planetária. Nao só porque o Superdome quase se assemelha a uma nave espacial, mas porque o Superbowl tem estrelas da música, como Beyoncé este ano, e anúncios publicitários de grandes marcas mundiais criados ‘tailor made’ para serem exibidos durante a transmissão do encontro.
Em Portugal, a hora tardia não atrapalha e nas redes sociais, os que cá estão e os que estão espalhados pelo mundo acompanham os ‘touchdowns’ e toda a espectacularidade à volta, quase só tendo olhos para os 49ers de São Francisco (SF)...
Parece não haver explicação muito racional para tanto amor pelos 49ers e tão pouco pelos Ravens, de Baltimore (BAL). Eu, que não percebo quase nada do jogo, penso que até pode ser muito bem porque na terra deles há uma ponte parecida com a nossa, ou então porque equipam de vermelho e cá há muitos benfiquistas...
Aliás, esta não foi a única relação com a realidade portuguesa feita durante o jogo, afinal, também lá houve uma falha de energia que obrigou a interromper o encontro...
Sobre a história não há muito a dizer, sobretudo por mim que só sei que há uns jogadores que são ‘quarterbacks’ e são muito importantes no jogo (como Flacco, nos Ravens, e Kaepernick, nos 49ers), que um ‘touchdown’ vale seis (ou sete) pontos e uma penalidade convertida três. No final das contas, a primeira parte foi dos Ravens de Baltimore, a segunda dos 49ers de São Francisco, quiçá por terem recarregado melhor as baterias durante a falha de energia, e no final, levou a melhor quem começou melhor.
Perto das quatro da manhã portuguesas houve mais tristeza que alegria entre os adeptos nacionais do futebol americano. Mas no sul dos Estados Unidos, os Ravens iniciaram o Superbowl com um “superball” e terminaram-no como “superBAL”, porque ainda hoje em BALtimore, não se fala de outra coisa.
Foto: Superdome, cedida pelo autor