Em 2021 a IMGA superou os 4 mil milhões de euros em ativos sob gestão

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Créditos: Joanna Kosinska (Unsplash)

No relatório e contas referente ao exercício de 2021, a IM Gestão de Ativos realçou que "num contexto socioeconómico desafiante, a entidade voltou a registar um crescimento significativo da sua atividade". A 31 de dezembro de 2021, o resultado líquido da maior sociedade gestora independente em Portugal ascendeu a 1,87 milhões de euros, que compara com os 1,86 milhões de euros alcançados no período homólogo do ano anterior, evidenciando um acréscimo de 0,6%.

Relembrando os eventos mais notáveis de 2021 para a casa gestora, “em março, foi aprovada pela CMVM a criação de uma nova categoria de unidade de participação (Categoria R) e a inclusão do Bison Bank e do Banco Invest como novas entidades comercializadoras”, apresenta a entidade no documento. Dizem ainda que, “em abril, foi aprovada pela CMVM a inclusão do Banco de Investimento Global como nova entidade comercializadora das unidades de participação da categoria R do fundo IMGA Ações Portugal”. Por fim, “em dezembro, foi autorizada pela CMVM a inclusão do BEST – Banco Eletrónico de Serviço Total como entidade comercializadora da Categoria R dos fundos de investimento mobiliário geridos pela IMGA”.

Referem ainda, ao nível das atualizações dos documentos constitutivos dos fundos geridos pela casa, que “foram efetuadas alterações relacionadas com a prorrogação das reduções da comissão de gestão, acomodando o enquadramento atual de taxas de juro em mínimos históricos e tendo sempre em conta a defesa do interesse dos participantes, bem como as alterações decorrentes das alterações dos Órgãos Sociais da IMGA”.

Atividade comercial em 2021

Segundo a APFIPP, o volume de subscrições líquidas no mercado nacional foi muito significativo em 2021, sendo de 4.260 milhões de euros, um valor que contrasta com os 1.478 milhões de euros de 2020. “Neste contexto, a IMGA viu os seus ativos sob gestão aumentarem 992 milhões de euros no ano, representativos de uma quota de 23,3% do total de vendas líquidas no mercado nesse período”, mencionam. “Acrescido do efeito da valorização da carteira dos fundos, num total de 114 milhões de euros, verifica-se que os ativos sob gestão cresceram 1.106 milhões de euros em 2021, ficando assim em 4.306 milhões de euros e com uma quota de mercado de 21,7%”, especificam.

Ao nível das classes de ativos, apontam que, “em dissonância com o mercado, as classes de ativos com maior ponderação nas vendas líquidas foram os fundos multiativos, seguidos dos fundos de curto prazo, fundos de ações e fundos de obrigações, produtos alternativos aos depósitos bancários, soluções financeiras de baixo risco (à exceção dos fundos de ações) e boa rendibilidade”. 

Face a 2020, em termos de variação, os ativos sob gestão por tipologia de fundos cresceram mais em fundos de ações, seguido dos fundos multiativos, fundos PPR, fundos de curto prazo e fundos de obrigações. Em valor absoluto, indicam que "merecem também destaque os fundos de curto prazo, com um aumento de 241 milhões de euros dos ativos sob gestão face a 2020".

No que toca especificamente aos fundos multiativos e fundos PPR, que foi a classe de ativos mais representativa em Portugal, a entidade afirma que registou um crescimento nesta tipologia de fundos de 58,2%, “continuando ainda assim a ser a sua classe mais representativa”.

Relativamente às comissões de gestão, realçam que estas “aumentaram globalmente 4% relativamente ao ano anterior, destacando-se o crescimento na generalidade dos distribuidores (BCP, CCCAM e EuroBIC) e o recurso a três novos distribuidores: Bison, Banco Invest e BIG”.

Por fim, notam que, "em 2021 e 2020, em conformidade com os termos contratualmente definidos, foram registadas em outras as comissões de comercialização referentes ao desempenho dos distribuidores". Esta rubrica cresceu 341%, para os 1.060 milhares de euros, face ao valor registado no final de 2020.