Em Portugal, apenas 9% dos fundos nacionais são fundos cross-border

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Créditos: Sharon McCutcheon (Unsplash)

O crescimento do mercado de fundos de investimento é notório em Portugal. Como dava recentemente a conhecer a EFAMA, o mercado português de fundos de investimento (incluindo fundos imobiliários) ascendia a 59 mil milhões de euros em 2020. É então um montante que se divide entre 32 mil milhões de euros em ativos em fundos estrangeiros comercializados em Portugal, e 27 mil milhões domiciliados em Portugal.

No Fact Book de 2021 da EFAMA, a associação europeia de fundos mostra também o que designam ser a percentagem ativos em fundos cross border ao nível nacional, ou seja, por país.

Fonte: Fact Book 2021, EFAMA.

Por outras palavras, a EFAMA estimou – a nível país – a percentagem de fundos domiciliados no país vendidos em termos domésticos ou além-fronteiras. “Na maior parte dos países europeus, a grande maioria dos fundos domiciliados no país são vendidos localmente", escrevem. Mais de 90% dos ativos em fundos domiciliados localmente, em 12 países, são distribuídos de forma doméstica.

Nesse conjunto de 12 países, e como visível na figura acima, encontra-se Portugal. No nosso país, 91% dos ativos em fundos domiciliados são de caráter doméstico. Por outro lado, apenas 9% são cross-border. Comparativamente com a vizinha Espanha, por exemplo, Portugal apresenta uma percentagem mais elevada.

Luxemburgo e Irlanda: exceções

Sem surpresas, o Luxemburgo e a Irlanda são os dois principais países em que a situação é inversa. Mais de 90% dos fundos domiciliados nestes países são vendidos fora. Igualmente, explicam da EFAMA, Chipre e Malta também podem ser considerados “centros de fundos cross-border”. Mais de 45% dos seus fundos são mantidos no exterior.

Ainda assim, juntos, o Luxemburgo e a Irlanda representam mais de 95% do mercado de fundos cross-border na Europa. O primeiro com 4,760 mil milhões de euros, e o segundo com 3,026 mil milhões.