Acentuam-se os investimentos alternativos nas carteiras dos fundos de pensões nacionais

alocacao multiasset misto diversificacao fundos de investimento etf pensoes
Créditos: Usman Yousaf (Unsplash)

Com grande ênfase no tema da sustentabilidade, o estudo European Asset Allocation 2021 da Mercer mostra-nos que as questões ambientais, sociais e de governance (ESG) têm cada vez mais a atenção dos investidores. Segundo Rui Guerra, partner e business leader de Wealth da Mercer Portugal,  “embora estejamos num momento extremamente desafiador para muitos investidores, o período de pandemia viu surgir um aumento de ativos em fundos de investimento sustentáveis em toda a Europa, inclusivamente em Portugal”. 

Já no que diz respeito às conclusões mais gerais sobre o mercado europeu, o estudo revela que “as alocações a alternativos estão agora quase ao mesmo nível das ações e, para alguns países (Reino Unido e Alemanha), ainda mais elevadas”. 

As ações perderam, marginalmente, o seu peso, com os investidores da Europa a reduzirem de 22% para 21% a alocação média, no sentido de “diversificar o retorno, reduzir a volatilidade do mercado e proteger face à inflação”.  

Em Portugal, verificamos o mesmo peso do investimento em ações relativamente ao ano passado, mas também que o peso das obrigações decresceu significativamente, de 64% para 56%.

Os alternativos, por seu lado, são a classe que mais representatividade ganha entre 2020 e 2021, crescendo de uma ponderação de 3% para 11% das carteiras em Portugal. Este é um movimento que se reflete na média das carteiras consideradas, que em termos gerais, “procuram cada vez mais a diversificação através de classes de ativos alternativos (de 18% a 20%), como growth fixed income e private equity”.